Nuno Borges (123.º classificado no ranking ATP) ganhou uma segunda vida ao ser chamado para o quadro principal de singulares de Wimbledon como lucky loser, mas concluiu esta terça-feira a participação na variante ao ser derrotado na eliminatória inaugural. Segue-se a estreia em pares, na quarta-feira.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Derrotado pelo australiano Max Purcell na terceira e última ronda do qualifying, o maiato de 25 anos foi repescado na sequência da desistência de Marin Cilic, que testou positivo à covid-19, e desafiou o norte-americano Mackenzie McDonald (55.º), que revelou maior experiência e venceu por 6-4, 6-4 e 7-6(3) depois de 2h03.
Apesar de não ter realizado uma má exibição na primeira participação de sempre no quadro principal do histórico torneio de Wimbledon, Nuno Borges falhou num capítulo fundamental: a resposta ao serviço, ao deixar escapar os oito pontos de break que criou ao longo do duelo. Em sentido oposto, o norte-americano converteu duas das cinco oportunidades que criou, suficientes para fazer a diferença nas duas primeiras partidas.
As estatísticas (32 winners e 36 erros não forçados para Borges contra 29 e 35 de McDonald) comprovam o equilíbrio que se verificou no Court 11 e que levou a que o terceiro parcial só se decidisse no sempre imprevisível e perigoso tie-break.
Com a derrota na primeira ronda do quadro principal de singulares, que se seguiu à de João Sousa num encontro de cinco sets com Richard Gasquet, Nuno Borges foca-se em exclusivo na variante de pares: na quarta-feira, o número dois nacional irá a jogo ao lado do amigo Francisco Cabral, que cumprirá a estreia em torneios do Grand Slam. Os dois enfrentam Treat Huey e Franko Skugor.