Novak Djokovic chegou a Wimbledon como um dos mais sérios candidatos a erguer o troféu de campeão, mas o eventual sétimo título somado na relva do All England Club poderá ser o único do Grand Slam a vencer nesta temporada. Fora do Australian Open devido à falta de vacinação, o número três mundial arrisca-se a falhar a participação no US Open pela mesma razão.
Contrariamente ao que sucedeu em Roland-Garros, onde teve o aval do governo francês para cruzar as fronteiras e participar no Major parisiense, o panorama norte-americano é outro e as fronteiras permanecem fechadas àqueles que não tenham sido vacinados contra a covid-19 – como é o caso do sérvio.
Com o futuro incerto e estando para já o US Open fora da equação, o sérvio vê em Wimbledon uma oportunidade de ouro: “Por agora, ainda não posso entrar nos Estados Unidos, estou consciente disso e por esse motivo tenho uma motivação extra para chegar longe aqui. Adoraria ir, mas ao dia de hoje não é possível. Não há muito que possa fazer, é algo que depende do governo norte-americano, que decide se as pessoas não vacinadas podem, ou não, entrar no país”, admitiu em conferência de imprensa.
Questionado sobre a ausência de pontos competitivos numa atípica edição no All England Club, o natural de Belgrado crê que não é o mais afetado, pois as suas ambições são agora outras: “Provavelmente é algo que afeta mais outros jogadores do que a mim. Não quero dizer que os pontos não são importantes, claro que são, mas agora não persigo o ranking da mesma forma como fazia antes para quebrar o recorde de semanas enquanto número um.”
“O ranking não é uma prioridade para mim, mas entendo que mais de 90% dos jogadores se sentem afetados pela ausência dos pontos. Este ano não tive a oportunidade de defender 4.000 pontos – 2.000 na Austrália e 2.000 aqui -, mas apesar de afetar o meu ranking, as minhas preocupações são outras”, declarou Novak Djokovic, que faz a estreia em Wimbledon diante do sul-coreano Soonwoo Kwon.