A mensagem presente no site oficial de Tommy Haas é peremptória: o alemão regressou ao circuito para escalar lugares no ranking mundial e continuar a somar triunfos importantes na sua carreira, e assim é. Aos trinta e quatro anos, o agora décimo oitavo classificado no ranking mundial, ‘papá’, parece não ter limites.
O ano de 2010 foi negro para Tommy Haas, que lutava contra inúmeras operações e cirurgias, tendo disputado apenas quatro torneios. Na época seguinte, empenhado em regressar a 100% ao circuito mundial, o tenista alemão procurava ganhar ritmo competitivo e voltar a conquistar vitórias consecutivas, que lhe permitissem avançar em torneios mais pequenos para escalar lugares na tabela classificativa.
Contudo, foi em 2012 que a carreira de Haas renasceu por completo: estreou-se com uma vitória no quadro principal do ATP 250 de Brisbane, numa altura em que ocupava o 205º posto do ranking, e foi forçado a desistir da segunda ronda, mas os meses seguintes seriam de alegria para o atleta germânico.
Em Munique, perante os seus compatriotas, e numa altura em que apenas somava oito triunfos (a que se adicionaram boas exibições com resultados pouco favoráveis), Haas voltou aos bons resultados e lançou-se para aquela que seria a época do regresso. Venceu Tsonga e Baghdatis rumo às meias-finais do torneio alemão, passou o qualifying e apenas perdeu na terceira ronda de Roland Garros, perante Richard Gasquet, após quatro partidas, e sagrou-se campeão do ATP 250 de Halle.
A vitória na relva alemã era inesperada e acabou por ser digna de ser contada um pouco por todo o mundo: enquanto vencia Tomic, Granollers, Berdych e Kohlschreiber (todos eles jogadores do top40 mundial, numa altura em que entrava no top100), Haas escrevia uma história única, que apenas culminaria com um triunfo em duas partidas sobre Roger Federer, que havia ganho o torneio por cinco vezes.
A sorte voltou a não estar do lado do alemão que, desta feita, enfrentou o seu compatriota Kohlschreiber na primeira ronda de Wimbledon, acabando derrotado após uma longa batalha de cinco partidas. Todavia, o território alemão preparava mais uma festa para Haas, que atingiria duas finais seguidas: Hamburgo e Washington, perdendo para Monaco e Dolgopolov. Já às portas do top20, conseguiu uma boa temporada norte-americana mas voltou a falhar num Grand Slam, perdendo na primeira ronda do US Open para Ernests Gulbis, então 145º colocado no ranking.
‘Quero mais’. Tommy Haas deve certamente ter proferido a frase ao longo de todos os dias os dias que separaram a derrota em Flushing Meadows (que antecedeu os quartos-de-final em Xangai e Viena) e o início de 2013: em Auckland só perdeu nos quartos-de-final, para Gael Monfils, e recentemente alcançou a final de San Jose, onde saiu derrotado pelo agora tricampeão Milos Raonic.
Pelo meio ficou a derrota na ronda inaugural do Australian Open, frente a Jarkko Nieminen (70º posicionado no ranking). Com bons resultados em torneios secundários, Haas (que tenciona jogar até poder ser visto pela sua filha, Valentina – nascida em 2010) está de volta ao circuito e aos lugares cimeiros, precisando apenas de voltar às boas vitórias nos Majors. Onde parará o alemão?