Nuno Borges deu esta quarta-feira mais um importante passo em Wimbledon e prolongou o registo invicto em fases de qualificação de torneios do Grand Slam. O maiato foi o único português a avançar para a ronda de acesso ao quadro principal – Gastão Elias ficou pelo caminho – e expressou ao Raquetc o entusiasmo por estar à beira de cumprir a meta.
Numa análise ao suado triunfo por 4-6, 6-4 e 6-3 diante de Hiroki Moriya (247.º), o número dois nacional admitiu que o que fez a diferença foi não baixar a cabeça nos momentos cruciais: “A chave foi dar uma oportunidade até ao fim, ele estava a jogar muito bem e estava a conseguir-me contrariar da melhor maneira, com poucos erros e a jogar muito agressivo de fundo do campo. Continuei a insistir com aquilo que tinha e ele acabou por ter um momento de fragilidade. Venci o segundo set sem saber como e no terceiro tive uma mentalidade diferente, a sentir que podia ganhar o jogo.”
Apurado pela segunda vez em duas participações em Majors para a terceira ronda da fase de qualificação, Borges vai ter pela frente o australiano Max Purcell (156.º), precisamente o ‘carrasco’ de Gastão Elias. Procura um novo acesso ao quadro principal com a confiança no máximo: “Acho que já ter jogado à melhor de cinco sets em Roland-Garros sem dúvida que me ajuda, mas em relva e com este ambiente é muito diferente, espero só conseguir gerir bem a situação. Estou confiante para o jogo de amanhã.”
Não está à espera de uma tarefa acessível e elenca os principais focos a adotar para perseguir a vitória: “Vi-o a treinar aqui e já sei do que estou à espera. Gosta muito de ir à rede e tem um jogo que se adequa a este piso, com uma direita mais simples e um bom serviço. Já joguei contra ele nos pares e sei que ele serve muito bem, vou ter de estar bem afinado nos pequenos detalhes do serviço e da resposta para tentar fazer a diferença. Tenho de trazer o meu melhor.”
