Matteo Berrettini esteve afastado do circuito durante sensivelmente três meses por causa de uma lesão na mão direita, mas regressou a tempo da sua época preferida — a de relva — e fê-lo com um título, ao derrotar Andy Murray na final do ATP 250 de Estugarda, na Alemanha.
A precisar desesperadamente de pontos que amortizem a queda que irá sofrer no próximo mês, uma vez que os 1.200 pontos relativamente à final de Wimbledon não poderão ser defendidos (o torneio do Grand Slam britânico não terá pontos em jogo após ter banido russos e bielorrussos de participarem), o ainda top 10 mundial não poderia ter reagido melhor e este domingo venceu o britânico por 6-4, 5-7 e 6-3 para conquistar o título.
A final de luxo foi disputada ao mais alto nível de parte a parte ao longo das primeiras duas partidas, mas a terceira ficou marcada pelos problemas físicos de Murray: o ex-número um mundial apresentou dificuldades na movimentação, que perturbaram a execução da pancada do serviço, e foi assistido por duas vezes na zona da anca/virilha esquerda, sendo captado pelas câmaras a desabafar na direção do seu camarote que “é o que acontece quando fazes longas pausas”, como a que optou por fazer ao saltar grande parte da época de terra batida para preparar os torneios de relva.
A final em Estugarda foi a 70.ª da carreira de Andy Murray, que falhou a conquista do 47.º título — seria o primeiro desde Antuérpia 2019 e o primeiro em relva desde Wimbledon 2016, precisamente a última final que tinha disputado nesta superfície.
Quanto a Matteo Berrettini, conquistou pela segunda vez o torneio alemão (já tinha vencido a edição de 2019) e chegou aos seis títulos no circuito masculino, três neste piso.
Quer para um, quer para outro segue-se o ATP 500 do Queen’s Club, em Londres, que conta com os dois nomes no palmarés de campeões e onde até se podem enfrentar logo na segunda eliminatória.