Rafael Nadal (5.º) não escapou à tradição e uma vez mais eleva a quinzena em Paris à glória: pela 14.ª ocasião na carreira, o maiorquino de 36 anos colocou a ‘cereja no topo do bolo’ e dilatou o seu estatuto de recordista de títulos Roland-Garros com um contundente triunfo por 6-3, 6-3 e 6-0 numa final sem grande história frente a Casper Ruud (8.º).
Longe de se apresentar ao seu melhor nível, Nadal nunca viu o triunfo ser ameaçado e mesmo a meio gás cumpriu a tarefa ao fim de menos de duas horas e meia. Não deu grandes hipóteses ao estreante Ruud e fechou com chave de ouro uma partida resolvida em três parciais para voltar a figurar na grelha de campeões.
Sem perder tempo, o jogador de Manacor fixou-se na liderança ao quebrar o primeiro jogo de serviço do natural de Oslo, mas viu-se igualar para logo a seguir restabelecer o domínio. Manteve a vantagem mínima e conquistou o parcial de abertura logo à primeira oportunidade para se colocar a dois da celebração.
Ruud deu uma boa réplica e assumiu a liderança do segundo set, por 3-1, mas Nadal manteve o foco e num ápice inverteu o cenário: efetuou três breaks consecutivos para dilatar o fosso. O nórdico já não teve ritmo para acompanhar o nível do espanhol, que consumou o 14.º êxito no Court Phillipe-Chatrier com um ‘pneu’.
Dois dias depois de cumprir o 36.º aniversário, Rafael Nadal volta a conquistar o estatuto de ‘rei’ de Roland-Garros ao suceder a Novak Djokovic na lista de campeões masculinos. Adicionado o 14.º título de vencedor desde 2005, ‘El Toro’ torna-se o primeiro homem a alcançar o 22.º troféu do Grand Slam e vai ascender à quarta posição mundial.