Menos de um mês depois de ter conquistado a sétima edição do Millennium Estoril Open, o argentino Sebastian Baez ficou à distância de um ponto de celebrar a maior vitória da carreira, mas foi Alexander Zverev quem, ao seu estilo, resistiu e avançou para a terceira ronda de Roland-Garros. A metade superior do quadro continua ao rubro.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Paris
Os parciais de 2-6, 4-6, 6-1, 6-2 e 7-5 valeram a Zverev a terceira vitória da carreira em encontros à melhor de cinco sets depois de perder os primeiros dois e a segunda em Roland-Garros, um ano após superar o compatriota Oscar Otte nas mesmas condições.
Mas não foi fácil: tal como Stefanos Tsitsipas na sessão noturna da véspera, o número três mundial precisou de sofrer muito até conseguir superar o jovem de Buenos Aires, que se numa primeira fase congelou quando se viu confrontado com uma vantagem de dois sets a zero, mais tarde conseguiu recompôr-se a tempo de criar um match point na quinta partida.
Mas um primeiro serviço rápido e extremamente colocado de Zverev mudou tudo: entre a espada e a parede, o terceiro cabeça de série puxou da experiência para pressionar o “pequenino” Baez e, como explicou a Mats Wilander na entrevista rápida após a vitória, disparou para a direita “porque apesar de ser a melhor pancada, é sempre a que acusa primeiro a pressão nos momentos importantes.”
A ousadia foi recompensada, Zverev venceu o jogo de serviço e depois mais dois para completar a difícil reviravolta que o apurou pelo quinto ao consecutivo para a terceira ronda de Roland-Garros. 2021 foi o ano em que obteve a melhor campanha (meias-finais), mas para a repetir poderá ter de passar por uma metade superior do quadro “de loucos” que também tem Novak Djokovic, Rafael Nadal (em rota de colisão nos quartos de final) e Carlos Alcaraz, que pode ser o adversário do alemão nos “quartos”. Para já, segue-se o norte-americano Brandon Nakashima, que está a competir em Roland-Garros pela primeira vez.