O sonho de erguer o título ficou à espreita: João Sousa (79.º) foi este sábado a jogo na sua 12.ª final do ATP Tour e sete anos depois procurou ‘vingar’ a última decisão perdida em Genebra. Mas o número um nacional voltou a ficar uma vez mais a um passo da festa de campeão e cedeu nos momentos cruciais do derradeiro embate da semana diante do norueguês Casper Ruud (8.º), por 7-6 (3), 4-6 e 6-7 (1).
A batalha – que transcendeu as três horas de duração – só ficou decidida nos detalhes e depois de uma primeira troca de breaks, o jogador de Oslo foi mais eficaz no tie-break para assumir a liderança. Sousa deu uma boa réplica e não perdeu tempo para restabelecer a igualdade graças a uma quebra conseguida no segundo parcial.
O português parecia encaminhar-se para aquele que viria a ser a quarta maior vitória da carreira, mas Ruud estragou-lhe os planos de festa e, depois de estar em desvantagem por 5-3, o nórdico encontrou armas suficientes para escapar ‘entre a espada e a parede’ e mudar o cenário: João Sousa salvou dois match points para levar a decisão ao tira-teimas, mas aí Casper Ruud dominou em todos os capítulos.
Ainda que tenha faltado a ‘cereja no topo do bolo’, João Sousa sai de Genebra com a cabeça bem erguida e ruma a Roland-Garros com efeitos muito positivos no ranking: conquista 16 posições na tabela classificativa para se fixar no 63.º posto já a partir de segunda-feira – o seu melhor registo desde janeiro de 2020.
João Sousa, que já centra o foco na estreia no Major gaulês diante de Chun-Hsin Tseng (110.º), reforça o estatuto de melhor jogador da história do ténis português e adiciona ao currículo a 12.ª final disputada no ATP Tour – segunda da temporada depois da quarta vitória da carreira em Pune.