ESTORIL – Felix Auger-Aliassime somou na tarde desta quinta-feira a primeira vitória da carreira no Millennium Estoril Open quatro anos depois do desaire na estreia da fase de qualificação. Agora com o estatuto de primeiro cabeça de série, o canadiano não teve um triunfo acessível diante de Carlos Taberner e foi levado a esforços extra.
Após a estreia atribulada, o jogador de Montreal revelou que o êxito teve por base alterações feitas ao esquema de jogo: “Eu tinha outro plano no início, mas precisei de o mudar e aceitar as condições. O planeamento inicial consistia em ser mais agressivo e abrir o campo, mas ele estava sempre muito estável e a colocar todas as bolas dentro. Depois, tive de aceitar e meter mais bolas dentro do campo. Estar na liderança do set depois ajudou-me e permitiu que eu fizesse as coisas à minha maneira.”
Aliassime, que tem sido acompanhado por Toni Nadal, frisa que a sua experiência está a ser crucial à evolução: “Eu tenho mais admiração por ele do que ele por mim. É bom trabalhar com ele, temos uma boa relação, respeito-o muito e no fundo é isso que importa. Eu aproximei-me dele com o objetivo de aprender, vi o trabalho que ele fez com o sobrinho e tento aprender o máximo possível. É essa a minha mentalidade, claro que tenho a minha maneira natural de jogar, mas tento aprender sempre e captar os ensinamentos que ele me possa passar.”
Apontado como um dos grandes candidatos a vencer o título de campeão no Clube de Ténis do Estoril, Auger-Aliassime confessa que tenta lidar a pressão, embora procure que esta não interfira na sua performance: “Não é a primeira coisa em que penso, mas está sempre perto dos meus pensamentos. Sei que tenho possibilidades de ganhar o título e isso traz me alguma pressão. Mas eu gosto de estar nesta posição, e é melhor estar assim que noutra posição. Tenho de aceitar, claro que foi difícil perder o primeiro set, vieram muitas coisas à cabeça. Temos muitos pensamentos e nem sempre são positivos.”
“Fiz alguns bons sets em Barcelona, mas ainda não estou muito contente com o nível, e isso é bom porque sei que tenho muito a evoluir. Joguei um ténis muito bom no início do ano por isso sei que consigo jogar ainda melhor do que tenho jogado na terra batida. Ainda sou novo e sei que consigo mais. Estou contente com a minha evolução”, analisou o jovem canadiano de 21 anos, que somou esta temporada o primeiro título da carreira no ATP Tour (em Roterdão) após nove finais perdidas.