OEIRAS – Sempre a acelerar como se estivesse dentro do court, Pedro Sousa deslocou-se prontamente à sala de conferências de imprensa do Oeiras Open 2 para resumir o duelo frente a Nuno Borges e falar do momento que atravessa. A desilusão não reinava no lisboeta, pois sabe que o nível de jogo foi bom apesar do desaire.
“Foi um encontro equilibrado e o resultado espelha isso. Tive as minhas oportunidades, não aproveitei, mas o Nuno foi melhor do que eu nessas alturas”, começou por dizer o tenista de 33 anos. “Ele é dos poucos jogadores como eu, é sempre a aviar cartucho. Praticamente não paramos. E os meus encontros normalmente não são longos. Tanto para mim como para ele foi um encontro longo porque somos dois jogadores que não usam muito o tempo entre os pontos. Ele muitas vezes até se levanta antes do tempo, faz-me lembrar quando eu era mais novo. Fui duro fisicamente porque não competia há sete meses, talvez até mais, e sem dúvida que é isto que me falta. Sinto que estou a jogar bem, a treinar consigo bater-me com praticamente todos. A jogar é diferente, há mais tensão”.
Talvez a vitória do maiato tenha surgido, segundo Sousa, devido ao diferente momento de ambos. “O Nuno está a jogar bem e nós treinámos juntos antes do primeiro torneio praticamente a semana toda. Mas também sei que me estava a sentir bem e que os pequenos pormenores de falta de competição é que podiam fazer a diferença. Claro que ele vem de uma onda de vitórias, do melhor ranking, cheio de confiança, e isso fez um pouco a diferença. Nos break points do segundo set não joguei mal, ele é que jogou bastante bem. No terceiro set o break point parece que é sorte, mas é daquelas coisas que normalmente cai para quem está melhor. E a verdade é que neste momento ele está melhor do que eu”, sumarizou.
