CASCAIS — Se 2021 marcou o regresso do Millennium Estoril Open depois de um ano de ausência do calendário do circuito masculino, 2022 assinalará o regresso dos fãs: as bancadas do Clube de Ténis do Estoril vão voltar a receber o público português — e não só — entre os dias 23 de abril e 1 de maio. Mas também há novidades dentro do court, com o sistema de arbitragem Foxtenn a fazer a sua estreia no maior torneio de ténis organizado em Portugal.
“Esta equipa esteve dois anos a trabalhar no regresso do público e estamos muito emocionados por voltar a ver uma sala cheia nesta apresentação e por voltarmos a ter o torneio de braços abertos para receber toda a gente, desde os média, aos sponsors, ao público, todos juntos na grande festa do ténis que é o Millennium Estoril Open”, afirmou o diretor da prova, João Zilhão, em declarações à imprensa depois de dar a conhecer o elenco de luxo, que conta com quatro jogadores do top 20 mundial, e de atribuir o primeiro wild card ao português João Sousa.
“Estive em Miami na reunião dos diretos de torneio e neste momento a ATP está a tratar isto como algo endémico e não pandémico. O que diz é que cada torneio tem de respeitar as decisões de cada país, portanto teremos de esperar pelas decisões da DGS para o final do mês de outubro. Mas se o torneio acontecesse agora teríamos casa cheia, sem restrições de público e sem requisito de testes para aceder ao Millennium Estoril Open”, acrescentou com otimismo em relação ao futuro.
Para além do regresso do público às bancadas depois de uma edição “vazia”, o Millennium Estoril Open de 2022 também servirá de palco à estreia do sistema de arbitragem Foxtenn em Portugal.
O torneio português será, aliás, o primeiro da época em curso no circuito profissional masculino e o quarto de sempre (após Rio de Janeiro, Bastad e Madrid em 2021) a utilizar o único sistema eletrónico de auxílio à arbitragem em courts de terra batida, sendo este o único sistema de arbitragem certificado pelas Comissões Técnicas do ATP Tour, WTA Tour, ITF e torneios do Grand Slam para esta superfície.
Ao contrário do mais popular Hawk-Eye, ou Olho de Falcão, que se baseia um conjunto de câmaras colocadas em pontos altos ao redor do campo a transmitir as imagens para um computador que recria a trajetória da bola e produz uma imagem digital do ponto onde previu o contacto da bola com o solo, o Foxtenn “oferece uma precisão de 100% graças às 40 câmaras de ultra velocidade que captam 3.000 imagens por segundo, sincronizadas com um conjunto de 10 lasers de última geração que varrem todo o court, mantendo o sistema em permanente calibração e garantindo uma margem de erro de 0%. O conjunto de câmaras e lasers estão colocados ao nível do solo, ao redor do campo e na rede, permitindo assim dar uma imagem real do exato momento em que a bola toca no solo e com o máximo de clareza — e não projetada ou calculada, como acontece com os outros sistemas.”
Outra novidade já anunciada para 2022 prende-se com a transmissão em direto de cerca de 20 encontros nos canais Eurosport, no seguimento da recém-assinada parceria entre o canal televisivo e o Millennium Estoril Open.
Mas não só: para 2022, a organização do torneio português também prometeu “uma nova aplicação móvel através da qual será possível não só acompanhar tudo o que se passa de relevante no evento, mas também realizar ações de gamificação” e a venda de NFTs (non fungible token) oficiais do torneio, para além da digitalização do sistema de bilhética, em parceria com a Blueticket, e de novas iniciativas nas áreas da arte e da gastronomia.
