Gael Monfils (17.º) concluiu esta terça-feira a sua 17.ª campanha no Australian Open, após ter sido incapaz de completar a remontada diante de Matteo Berrettini, num duelo alusivo aos quartos de final da prova. Numa comovente conferência de imprensa, o jogador francês acredita que os seus 35 anos não são impedimento para concretizar o último grande sonho da carreira – ser campeão de um torneio do Grand Slam.
“Levo muitas coisas positivas daqui. Estive próximo de eliminar um top 10 nestes dois últimos torneios do Grand Slam. Aprendo com cada situação, mas a verdade é que foi duro para mim. Mas não perco a fé e vou ter mais oportunidades. Não vou ganhar 20 Grand Slams, mas ainda posso conquistar um. Estou há quase 20 anos no circuito e ainda não o consegui mas, quem sabe, talvez este ano tudo mude”, confessou Gael Monfils num discurso carregado de esperança.
Perplexo com aqueles que o apontavam como favorito a vencer o encontro desta terça-feira, Gael Monfils sublinhou que o nível de Berrettini é superior ao seu e recordou um desaire idêntico imposto por este mesmo oponente na edição de 2019 do US Open – ocasião em que havia alcançado pela última vez os ‘quartos’ num torneio do Grand Slam: “É engraçado verem-me como um jogador forte, mas esquecem-se que estou a defrontar um top 10 que já me venceu há dois anos e que tanto jogou meias-finais como uma final em Majors. Desta vez voltou a fazer tudo muito bem e os meus esforços não foram suficientes. Mas estou em forma, acredito em mim mesmo e sei que posso jogar muito bem.”
O showman, ciente da forma de como conduziu a sua carreira, reiterou uma vez mais aquela que é a última grande meta por cumprir no seu percurso profissional: “Tomei muitas decisões erradas ao longo da minha carreira, é algo que eu aceito e dou-me bem com isso. Mas também continuo a acreditar que posso ser por uma vez feliz em Majors, antes de terminar a minha carreira ainda sinto que posso fazê-lo.”
