Dias depois de ter confiscado t-shirts e cartazes de apoio a Peng Shuai à entrada dos estádios, a organização do Australian Open reconsiderou a decisão e já permite que os adeptos levem a cabo a onda de solidariedade para com a jogadora asiática, que esteve desaparecida após revelar ter sido abusada sexualmente por um antigo membro do governo chinês. O anúncio foi feito por Craig Tiley, que permite a entrada deste material desde que o público não provoque desacatos.
“Podem entrar no estádio com os cartazes e t-shirts, desde que não se transformem numa multidão hostil pronta para causar problemas. A condição é que se manifestem pacificamente”, indicou o diretor do Australian Open, depois de ter sido criticado por barrar a entrada de adereços com a inscrição “Onde está Peng Shuai?”.
A organização do Major australiano reverteu a decisão e abriu uma exceção, após ter evocado o regulamento do torneio: “Não permitimos roupa, cartazes ou símbolos comerciais e políticos. A segurança de Peng Shuai é a nossa principal preocupação e vamos continuar a trabalhar com a WTA para uma maior clareza da situação. Faremos tudo para garantir o seu bem-estar.”
Recorde-se que Peng Shuai esteve em paradeiro incerto depois da acusação de abuso sexual feita na rede social Weibo, em novembro, e apenas um mês depois reapareceu, esclarecendo que tudo não passara de um mal-entendido. Insatisfeita com a falta de explicações e censura imposta pelo governo chinês, a WTA decretou a 1 de dezembro a suspensão de todas as provas do circuito disputadas naquele país.