Depois de um 2021 para esquecer, Gael Monfils (número 21 ATP) começou 2022 da melhor maneira possível: o francês é o novo campeão do ATP 250 de Adelaide, naquela que foi a sua primeira final na Austrália e se traduziu no 11.º título da carreira — primeiro depois de quase dois anos sem celebrar.
Numa final entre dois jogadores do top 30 mundial, “La Monf” repetiu o domínio dos dias anteriores e derrotou Karen Khachanov (29.º) de forma cirúrgica: não foi quebrado uma única vez (salvou os dois pontos de break que enfrentou) e por duas vezes quebrou o serviço do russo quando este servia para se manter nos respetivos parciais, vencendo por 6-4 e 6-4 depois de 1h20.
Com a vitória deste domingo, Monfils colocou um ponto final no jejum de títulos que se prolongava desde fevereiro de 2020, quando conquistou o ATP 500 de Roterdão e seguiu embalado para o ATP 500 do Dubai, no qual dispôs de três match points, mas não conseguiu derrotar Novak Djokovic nas meias-finais e viu o sérvio vencer pela 17.ª vez em 17 encontros entre ambos.
Desde aí, tinham sido raríssimos os momentos de inspiração para o tenista gaulês (jogou uma final em Sófia na reta final do último ano), que acabou por se tornar num dos que mais sofreu com a pandemia de covid-19 — estava de volta ao top 10 mundial e a jogar o melhor ténis da carreira.
O timing também não poderia ser melhor para os novos parceiros de Monfils, a Decathlon e a sua marca de ténis Artengo, com os quais assinou um contrato de cinco anos literalmente da cabeça aos pés: deixou a Asics (calçado e equipamento) e a Wilson (raqueta) para se juntar à empresa francesa.