Sem prestar declarações desde que a saga de deportação de Novak Djokovic começou, o CEO da Tennis Australia e diretor do Australian Open, Craig Tiley, quebrou o silêncio ao final do quinto dia para dizer que a federação de ténis australiana foi “apanhada num conflito de conselhos”. E admitiu que gostava de ver o número um mundial a disputar o torneio.
Em entrevista ao The Age e ao Sydney Morning Herald, Tiley explicou que acreditava que a decisão de permitir a Djokovic uma viagem sem fazer quarentena cabia ao Governo de Victoria. O responsável pela Tennis Australia acrescentou que o governo federal rejeitou em duas ocasiões examinar cada pedido de isenção médica. “Dissemos-lhes que íamos precisar de ajuda para ter a certeza de que estávamos a fazer bem as coisas, mas eles recusaram.”
Tiley também apontou o “conflito de conselhos” como razão pela qual a Tennis Australia pensou que os requerimentos do Grupo Técnico de Aconselhamento sobre a Imunização fossem os critérios de isenção e que esta seria decidida pelo Estado de Victoria e não pelo Governo Federal.
Sobre a retenção de Novak Djokovic no aeroporto antes de ser levado para um hotel de quarentena, Craig Tiley admitiu ter ficado “em choque” quando soube da notícia. E acrescentou: “Gostava de o ver a jogar o Australian Open.”