Braga – Depois de Oeiras, Braga. Nuno Borges e Francisco Cabral adicionaram o oitavo título enquanto parceria e arrecadaram o segundo troféu Challenger, depois de ultrapassarem toda a concorrência no Clube Ténis de Braga. No final, passaram pela sala de conferências de imprensa para falar da semana e do futuro como dupla.
No encontro decisivo, disputado no court (indoor) 6, a dupla portuguesa bateu os neerlandeses Jesper De Jong e Bart Stevens por 6-3, 6-7(4) e 10-5, mesmo que tenham desperdiçado quatro match-points para selar o triunfo em duas partidas. “Este tipo de coisas acontecem. Depois de termos o jogo tão encaminhado para o nosso lado, não conseguimos converter e eles quase que numa de alívio começam a soltar-se, principalmente o De Jong, que jogou muito bem nesses momentos. Tivemos que aceitar, manter o nosso nível e acho que o match tie-break correu melhor do que estávamos à espera e foi só gerir o resultado a partir daí”, referiu Nuno Borges, aludindo à enorme vantagem conquistada no início do set final. “Com 9-1 não digo que relaxámos, porque isso numa final pode ser um tiro nos pés, mas sabíamos que era preciso algo de excecional acontecer para que em oito pontos não ganhássemos um. Tentámos ganhar todos os pontos e felizmente saiu ao 9-5”, disse Francisco Cabral.
Tanto um como o outro colocam a carreira de singulares como prioridade. No entanto, Cabral tenciona terminar a temporada “dentro do top 200” na variante, objetivo que não fica longe depois deste título. Para Borges, acima de tudo esta foi uma semana para melhorar o seu jogo e incutir boas sensações. “As vitórias dão sempre confiança, traz sempre confiança estar mais horas a competir frente a jogadores de alto nível. Mas mais do que isso, o serviço-resposta nos pares ajuda-me sempre a trabalhar no meu jogo em singulares”.
Com tanto sucesso enquanto dupla será que conquistar êxito na Taça Davis é o próximo passo? “Quando jogamos não estamos a pensar nisso”, garantiu Nuno Borges. “Não é algo que possamos controlar. O que podemos controlar é fazer o nosso melhor quando vamos para o campo. Para já está a correr bem. Ele foi chamado agora, fiquei feliz por ele. Mas isso não me cabe a mim nem a ele decidir nem pressionar”, enalteceu Francisco Cabral.
Em sintonia dentro e fora do court, os amigos de longa data não têm dúvidas em considerar este título mais especial do que o conquistado no Jamor, em Abril. “Ganhar o nosso primeiro Challenger 80, praticamente em casa, é especial”, considerou o maiato, sentimento reiterado por Cabral, que contou com a mãe e amigos em alguns dos embates (e Nuno Borges teve o pai a apoiar). “É sempre diferente ganhar com os nossos ao nosso lado”.