João Sousa: de Guimarães ao mundo

[INTRODUÇÃO]: 29 de setembro de 2013. João Sousa subia ao palco principal de Kuala Lumpur com o objectivo de se tornar no primeiro tenista da história do ténis português a vencer um torneio profissional de singulares, tendo Julien Benneteau pela frente na frande final. Na memória de todos estavam os triunfos sobre Jurgen Melzer e, em especial, David Ferrer, exactamente uma semana depois de ter alcançado as meias-finais em São Petersburgo. O dia entraria para a história não só da carreira de João Sousa mas também do desporto nacional e hoje, a 30 de março de 2014, celebramos o vigésimo quinto aniversário do vimaranense.
Actualmente, capas de jornais são impressas com referências ao português, centenas de adeptos imobilizam-se quando entra em campo para assistirem aos seus encontros. O país ganha agora uma outra noção em relação ao ténis. Com vinte e cinco anos, João Sousa é o primeiro português a ter um título de singulares no seu currículo e, esta segunda-feira, será também o primeiro a entrar no top40 mundial – superando uma vez mais o seu próprio recorde.
É verdade que a vitória sobre Julien Benneteau, um habitual finalista em torneios do circuito ATP, serviu de catapulta final para João Sousa atingir tudo o que entretanto atingiu, mas foi na verdade a época de 2013 por completo que lhe permitiu subir para um outro patamar e, com mais atenção e detalhe, percebemos que também 2012 foi importante.
UMA RETROSPECTIVA AOS MESES DE SUCESSO
O primeiro grande teste do vimaranense em 2013 teve lugar em Melbourne, frente a Andy Murray, mas foi já depois de Roland Garros que despertou verdadeiramente para os grandes resultados: venceu o Challenger de Furth e, um mês mais tarde, foi vice-campeão em San Bennedetto, conquistando ainda o Guimarães Open no mesmo mês de julho. Depois, seguiram-se apenas torneios ATP e as páginas mais bonitas da sua época foram escritas sobre piso rápido.
Atingiu a segunda ronda do ATP 250 de Winston-Salem depois de disputar toda a fase de qualificação para, na semana seguinte, brilhar ao atingir a terceira ronda do US Open com incríveis vitórias sobre Grigor Dimitrov e Jarkko Nieminen, ambas em cinco partidas. O prémio? Defrontar Novak Djokovic em pleno Artur Ashe Stadium e medir pela primeira vez forças com um número um mundial.
Tal como de Nova Iorque, saiu de São Petersburgo com 90 pontos conquistados mas na localidade russa atingiu as suas primeiras meias-finais em torneios ATP, usufruindo claramente da experiência do Portugal Open 2012 (onde já havia disputado os quartos-de-final) para seguir em frente por mais uma ronda. No entanto, seria na semana seguinte que tudo mudaria.
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