Karolayne Alexandre Da Rosa. A jogadora que brilhou no qualifying e que vai ser treinada por um português muito experiente

LISBOA – O desporto está-lhe no sangue. Se em “pequenina” subiu a estádios de clubes como a Roma, o AC Milan, a Juventus e o Real Madrid para ver o pai, Emerson Ferreira da Rosa, brilhar ao lado de onze colegas de equipa e com uma bola, agora vive e respira ténis. Mantém-se em Itália, onde desde cedo ficou devido à profissão do pai, e no final deste verão embarcará numa nova aventura na Sanremo Tennis Academy — onde também ingressará Gonçalo Portas, que trocou a politicamente instável Ucrânia pelo cargo de responsável pelo grupo feminino e braço direito de Diego Nargiso.

Falamos de Karolayne Alexandre Da Rosa, a primeira cabeça de série da fase de qualificação do Lisboa Women’s Open. Dentro do court, não é a pancada x ou y que a faz ganhar a atenção do espetador — se bem que é detentora de uma hoje em dia muito rara esquerda a uma mão — mas sim a consistência de pancadas e solidez mental que a fazem ter um importante ascendente perante muitas das adversárias.

Aos 18 anos, começa a apostar em torneios do circuito profissional e no Lisboa Racket Centre já deu provas de que o trabalho que tem vindo a realizar começa a dar frutos. Na última ronda do qualifying, salvou um match point e recuperou de 1-5 no último set para derrotar Moreno Barranquero por 6-3, 3-6, 7-6(0), em 3h06, e arrancar vários sorrisos das bancadas num final de tarde animado.

E foi precisamente com um (grande) sorriso que Karolayne — a pronúncia é semelhante à de Caroline, na língua inglesa — falou com o Ténis Portugal dos primeiros jogos no clube lisboeta e da próxima fase da sua carreira. O país mantém-se, mas o local de trabalhos passará a ser, já no final do verão, a academia para a qual Novak Djokovic “envia” jovens promessas e onde estará Gonçalo Portas.

O ex-selecionador nacional de todos os escalões (só não treinou as equipas da Fed Cup e Davis Cup) abraçou, ao longo dos últimos 11 anos, projetos na Alemanha, Espanha, Ucrânia, Suécia e Estados Unidos da América, mas a crise política levou o principal patrocinador do projeto em que estava inserido a “fechar portas” da academia em solo ucraniano. Depois de meses a viajar pelo circuito com tenistas de todos os cantos do mundo, vai tornar-se no “braço direito” de Diego Narguiso. Enquanto o italiano ficará responsável pela secção masculina, Portas coordenará a feminina.

No total, sob o comando de Narguiso e Portas — aos quais se junta toda uma equipa técnica — estarão cerca de 24 rapazes e raparigas em regime full time, didividos em três grupos: “Performance Team”, até aos 14 anos; “Future”, entre os 15-20, na fase de transição; e a “Pro Team”, que será composta por sete, oito jogadores situados entre as 500 primeiras posições dos rankings.

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