Ténis Portugal: Com que idade começaste a jogar ténis?
Bárbara Luz: Comecei a jogar com sete anos, apenas uma vez por semana.
Ténis Portugal: Qual foi a situação mais caricata que já te aconteceu num jogo oficial?
Bárbara Luz: Num $10 em Madrid, este ano… Estava a jogar contra uma húngara e estava a ganhar 7/5 5/2 e eu falhei um amortie e ela partiu-se a rir na minha cara.
Ténis Portugal: O ténis português tem vindo a melhorar, pelo que os espectadores colocam as expectativas cada vez mais altas. Sentes alguma pressão por parte do público em relação à tua carreira?
Bárbara Luz: Não, acho que realmente o ténis português está em evolução mas de maneira nenhuma sinto essa pressão; sempre ouvi dizer ”quanto melhor os outros melhor eu vou ser’,’ disse-me uma vez uma Pedro Felner num torneio em que ele me acompanhava, e até hoje penso desta maneira.
Ténis Portugal: Como geres o teu calendário de torneios?
Bárbara Luz: Perante os meus objectivos. Neste momento o meu objectivo é tornar-me mais forte e subir no ranking WTA, logo discuto com o João Cunha e Silva (treinador) o que será melhor para mim a esse nível.
Ténis Portugal: Em 2007 venceste o teu primeiro jogo WTA, em Alcobaça. Qual foi a sensação?
Bárbara Luz: Foi boa, mas tento esquecer isso porque acho que após esse ponto andei um ano a ”empatar”.
Ténis Portugal: Em Abril de 2011, enquanto Wild Card, disputaste o Quadro Principal do Estoril Open. Sentiste um pouco de pressão por defrontares uma jogadora como a Elena Vesnina, que defendia o estatuto de sexta cabeça de série do torneio?
Bárbara Luz: Estava nervosa, foi uma sensação única, sonhei muito antes do jogo e fui para lá de cabeça erguida, ela é superior pelo que a obrigação era dela. Estava muito nervosa, sem dúvida por ser o torneio que é mas acho que não estive mal, tentei lutar mas não havia grande coisa a fazer.
Ténis Portugal: Também em 2011, deslocaste-te até ao Egipto com o resto da selecção da Fed Cup. Depois das vitórias da Michelle Brito e da Maria João Koehler frente à Geórgia, era provável que tu e a Magali de Lattre fossem as eleitas para o jogo de pares, mas as selecções decidiram renunciar desse jogo. O que leva uma equipa a tomar uma decisão como esta?
Bárbara Luz: Já tínhamos ganho, o nosso objectivo estava cumprido.
Ténis Portugal: Atingiste muito recentemente a final do Amarante Ladies Open, a tua primeira a nível internacional. Mudaste de estratégia, ou sentes que os resultados vão aparecendo naturalmente e com a experiência?
Bárbara Luz: Estou a trabalhar bem e melhor, não tenho pressa. Acho que foi uma final merecida.
Ténis Portugal: Precisamente em Amarante, foste travada pela Magali de Lattre na final. Como é perder uma final, ainda para mais para um tenista do mesmo país que luta por objectivos semelhantes?
Bárbara Luz: Ela foi melhor, mereceu ganhar, tem mais experiência e lidou melhor com a situação.
Ténis Portugal: Os resultados são cada vez melhores, pelo que não podemos deixar de perguntar: já alguma vez ponderaste a hipótese de ganhares o Estoril Open?
Bárbara Luz: Como disse anteriormente, antes do jogo com a vesnina ”sonhei” muito, sonhei ganhar claro mas cada coisa a seu tempo.
Ténis Portugal: Quais são os teus objectivos para o resto da temporada?
Bárbara Luz: Continuar a pontuar e estar cada vez melhor a cada semana.