Pronto para iniciar o assalto ao título do ATP 500 de Washington — onde fará esta quarta-feira a sua estreia inédita diante de Jack Sock –, Rafael Nadal concedeu uma entrevista à CBS. Entre os assuntos abordados, esteve um dos mais mediáticos do momento: a renúncia da ginasta Simone Biles a várias provas inseridas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em prol da sua saúde mental.
A jovem estrela dos Estados Unidos, apontada como uma das figuras a dar que falar nesta cimeira olímpica, cinco anos após ter conquistado quatro medalhas de ouro e uma de bronze no Rio 2016, optou por desistir de três finais de ginástica (duas por equipas e uma a solo) de forma a combater a fragilidade psicológica.
“Respeito a 100% a sua decisão. Quando se leva uma vida inteira a lutar por sonhos, é normal passar-se por momentos em que não se sente preparado. Simone conquistou coisas impressionantes ao longo da sua carreira e tenho a certeza que vai voltar a conseguir, no seu melhor nível. Mas se neste momento não se sente preparada nem com capacidade de competir, para quê fazê-lo?”, comentou o tenista espanhol em Washington D.C..
Entretanto, e já após as palavras proferidas por Rafael Nadal, Simone Biles regressou à prova olímpica para disputar a final de trave: a sua única cartada depois das desistências para preservar a sanidade mental. O ouro não foi o resultado alcançado, mas uma medalha de bronze simbolizou a superação da atleta do estado do Ohio, que contornou as adversidades para sorrir no emblemático ginásio Ariake.
No ténis, também a saúde mental dos jogadores tem estado em destaque nos últimos tempos e o caso de Naomi Osaka foi o mais sonante, já que a nipónica evitou as conferências de imprensa em Roland-Garros (onde viria a desistir) na tentativa de proteger o seu bem-estar psicológico. O próprio Rafael Nadal, de resto, confessou que prescindiu de Wimbledon e dos Jogos Olímpicos em busca de atenuar a sua fadiga mental e excesso de competição.