Portugal terminou a fase de grupos no segundo lugar e assegurou a presença no play-off do Grupo 1 que dá acesso ao play-off da fase final da Billie Jean King Cup, tendo a Eslovénia como último obstáculo nesta deslocação à Lituânia.
A seleção nacional feminina matou dois coelhos de uma cajadada só ao recuperar frente à Áustria, resultado que assegurou a manutenção nesta divisão e possibilitou às comandadas de Neuza Silva jogarem o play-off de subida, já no sábado.
Foi já em jeito de antevisão a esse embate que a capitã, citada pela Federação Portuguesa de Ténis, pediu que “puxem pela malta” porque “a nossa equipa está a crescer.”
Desde Vilnius, onde fechou a fase de grupos com duas vitórias em três confrontos, a líder da seleção nacional admitiu que “gostávamos que olhassem para estas jogadoras de outra forma, estamos com equipa uma forte, sólida e com grande futuro pela frente” e prometeu “fazer tudo para levar o apuramento para casa.”
Acerca dos acontecimentos desta quinta-feira, Neuza Silva explicou a opção por Angelina Voloshchuk no primeiro singular do dia, habitualmente destinado à número um nacional, Francisca Jorge: “Com o susto que tivemos ontem decidi ir com a Angelina a jogo no singular. Felizmente a lesão da Kika não é grave. Foi mais o susto, mais a inflamação. Já fez exames de manhã e vai estar apta para jogar no sábado contra a Eslovénia.”
“A Angelina vinha de um período sem jogar e com pouco ritmo, mesmo assim ainda conseguiu equilibrar o resultado. Teve bastantes oportunidades para passar para a frente no primeiro set, mas não conseguiu converter. No segundo, liderou por 3-1, mas devido à falta de ritmo cometeu erros que fizeram com que deixasse fugir o encontro”, acrescentou, ainda sobre esse encontro. “Depois, a Matilde assumiu o primeiro singular e fê-lo muito bem, esteve a um nível altíssimo não deu qualquer hipótese à adversária, foi um encontro sem história.”
Por último, em relação ao par que decidiu tudo, Neuza Silva reconheceu tratar-se de “um tudo ou nada muito importante para as contas” e que se revelou “uma autêntica final” para a qual lançou… uma dupla inédita. “Penso que a Angelina e a Matilde nunca tinham jogado juntas. Felizmente, a Angelina tinha um monstro de pares ao lado. Gosto muito de ver a Matilde a jogar pares, ela cresce, adora, é a praia dela e comandou a equipa de forma brilhante. Estamos muito felizes. São sempre encontros muito duros, física e emocionalmente. Aliás, esta é uma semana exaustiva, mas mesmo com a derrota de ontem mantivemos a cabeça erguida. Sabíamos que hoje seria equilibrado e importante e foi o que fizemos.”