Nick Kyrgios não deixou passar ao lado a notícia da suspensão de Jannik Sinner e foi um dos primeiros a manifestar desagrado em relação ao acordo entre o número um mundial e a Agência Mundial de Antidoping. Recorde-se que o italiano, que testou positivo a uma substância proibida, ficará sem competir durante os próximos três meses.
“Então, a WADA diz que seria uma suspensão de 1 a 2 anos. É óbvio que a equipa de Sinner fez tudo o que estava ao seu alcance para aceitar uma suspensão de 3 meses, sem perda de títulos, sem perda de prémios monetários. Culpado ou não? É um dia triste para o ténis. A justiça no ténis não existe”, criticou o jogador australiano nas redes sociais.
O caso teve início a 10 de março do ano passado, quando foi detetada a presença de clostebol no corpo de Jannik Sinner, e dois dias depois um novo teste voltou a acusar positivo. Apesar de ter conseguido provar que foi contaminado através de uma massagem sem luvas feita pelo seu fisioterapeuta, o transalpino cumpriu duas suspensões provisórias feitas em segredo.
Mas a Agência Mundial de Antidoping recorreu da decisão da Agência Internacional de Integridade no Ténis (ITIA) e pediu uma sanção mais pesada. Jannik Sinner assumiu a negligência da sua equipa técnica e acordou numa suspensão entre 9 de fevereiro e 4 de maio, que abrange os ATP 500 de Doha e dos ATP Masters 1000 de Indian Wells, Miami, Monte Carlo e Madrid, sem colocar em risco o seu estatuto de líder mundial.
Stan Wawrinka foi outra das figuras que lamentou a suspensão leve do número um mundial, numa mensagem em que assumiu já “não acreditar num desporto limpo”. A publicação mereceu uma resposta de Feliciano Lopez, que saiu em defesa de Jannik Sinner:
“Eu acredito, Stan. É evidente que ele não fez nada para melhorar a sua performance, isso ficou provado. Ele assumiu responsabilidade pelo erro de outra pessoa, com três meses de suspensão. Uma suspensão maior tornaria o desporto mais limpo? Não me parece”, contestou o espanhol.