COPENHAGA — Menos de 24 horas depois de ter comprometido (e muito) as aspirações da Dinamarca na receção à Sérvia, Holger Rune (12.º) trocou por completo de papéis. Com a cabeça mais fresca, o ex-número quatro mundial contribuiu para a vitória no par para logo de seguida regressar à Royal Arena com uma vigorosa exibição numa partida em que tudo lhe correu bem. O jogador de Copenhaga foi do oito ao oitenta e deu sangue novo a uma eliminatória da Taça Davis que adia para o quinto e derradeiro confronto o passaporte para a fase de acesso ao torneio final.
A merecer a confiança do capitão Frederik Nielsen mesmo depois da desilusão de sexta-feira, Rune foi eleito para compor o duo com o especialista Johannes Ingildsen. A fusão deu os frutos necessários para júbilo da plateia, que voltou a ocupar a quase totalidade dos 13.000 lugares, e bastaram 63 minutos para recuperar um de dois degraus perdidos, por 6-4 e 6-4, diante dos sérvios Hamad Medjedovic e Miomir Kecmanovic.
Sem tempo que lhe sobrasse para muito mais do que limpar o suor do rosto à toalha, Holger Rune já sabia que lhe cabia a incumbência de voltar a proteger a crença dos dinamarqueses. Desta feita sozinho em campo, o nórdico absorveu o calor das bancadas e renovou o fôlego para afixar em 6-2 e 6-4 o triunfo diante de Miomir Kecmanovic.
Tudo está ainda em jogo na passagem para o terceiro e último embate marcado para este sábado. Se o conjunto sérvio entrega o testemunho a Hamad Medjedovic — recém campeão do Indoor Oeiras Open, há duas semanas — para sonhar com o regresso às Davis Cup Finals, para os jogadores anfitriões tudo depende de Elmer Moller (149.º) — vencedor do Braga Open em outubro passado —, que poderá colocar a Dinamarca pela primeira vez nessa fase da centenária prova (sendo já a única nação estreante dentro das que competem nos Qualifiers).
