Jaime Faria lamenta “condições complicadas” com “muita coisa a mudar a meio”

Anastasia Barbosa

MÓNACOJaime Faria foi derrotado no encontro que abriu a eliminatória entre Portugal e Mónaco e admitiu não ter lidado bem com as condições, mostrando-se disponível e motivado para voltar a lutar pela primeira vitória na Taça Davis no domingo — mesmo se esse é um cenário que a equipa das quinas quer evitar, uma vez que tudo pode ser resolvido mais cedo.

“As condições não eram as melhores e fui um bocado surpreendido por isso”, admitiu o número dois nacional ao Raquetc no final do primeiro dia no pitoresco Monte-Carlo Country Club, onde apesar do charme conhecido faltaram soluções para lidar com o mau tempo.

“Ao voltar da casa de banho vi que estavam a abrir o teto e isso desconcentrou-me para o início do terceiro set e entrei mal. Isso definiu um bocadinho o vencedor, porque os dois sets anteriores tinham sido bastante combativos, muito para cá e para lá com oportunidades para ambos. Ele aproveitou melhor a que teve no primeiro set, no segundo apesar de termos ido a tie-break e de ele ter estado a vencer por 5-1 eu senti que fui superior, mas lá está, foi um encontro difícil, com condições complicadas e muita coisa a mudar a meio”, acrescentou.

Faria também reconheceu que “tentei ao máximo concentrar-me, mas não consegui e é uma coisa que tenho de melhorar, ter mais experiência para conseguir ultrapassar da melhor maneira estas situações e aprender“, acrescentando que a energia despendida para resgatar, no tie-break, um set que chegou a servir para fechar também pode ter sido decisiva: “Pode ter causado uma descarga no final do set, que piorou com aquela paragem. Depois demorámos muito tempo e quando recomeçamos sou eu a servir, ao levar o break isso deu-lhe logo um bocado de vida. Não estive bem nessa parte.”

No entanto, o lisboeta de 21 anos salientou que este tratava-se de “um encontro muito em aberto porque apesar do meu ranking estar melhor do que o dele eu sei do nível dele [Vacherot foi 110.º há menos de um ano]. Acabou por ser um encontro muito psicológico, muito mental e ele conseguiu ser mais forte do que eu apesar de, em teoria, ter mais pressão.”

Agora, as regras e contas da eliminatória dizem que Jaime Faria só voltará a jogar singulares no Mónaco caso a eliminatória registe um 2-2, pois a jornada de domingo começará com um par e continuará com o singular entre os melhores jogadores de cada país. É, portanto, “um cenário a evitar”, mas para o qual estará “pronto se for necessário” e for chamado a intervir.

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