Energia, contraste, jogar como favorito sem o ser. A final X que encerra trilogia do Jamor

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – 20 dias depois, tudo se resume a Alexander Blocks e Liam Draxl no Indoor Oeiras Open. A terceira e última prova na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor conclui-se com um duelo entre dois tenistas a viver uma boa fase e que não podiam ser mais diferentes um do outro. A partir das 11 horas e com entrada livre a todo o público.

Com ranking muito semelhante (Blockx 203.º ATP, Draxl 208.º), ambos na melhor cotação já alcançada e ambos a caminho do top 200, os protagonistas do derradeiro embate estão a viver momentos gloriosos no Jamor.

O primeiro, mais novo (19 anos), veio da Austrália sem qualquer vitória em 2025, mas por cá já bateu tenistas do gabarito de Alexander Ritschard (118.º ATP, ex-99.º), Jurij Rodionov (162.º, antigo 87.º) e Nikoloz Basilashvili (206.º atualmente, 16.º em 2019) e Mark Lajal. O segundo não sai do Jamor há três semanas, onde venceu o título de pares este sábado e onde só perdeu nas duas provas individuais anteriores para o futuro vencedor, tendo sendo finalista no primeiro Indoor Oeiras Open.

A confiança está, portanto, a transbordar para os dois. “A viagem está quase no fim…vou dar tudo o que tenho”. As palavras de Draxl ainda antes da decisão de pares garantem um osso duro de roer para o potencial favorito. Outra coisa não seria de esperar pelo que se tem visto em Oeiras. Ou até pelo que se tem ouvido. “Ele é super energético. Luta muito. Eu respeito-o, muito podem achá-lo barulhento e às vezes desrespeituoso, mas eu gosto da sua atitude. Tenho-o visto a lutar muito e estou entusiasmado”, sublinhou Blockx.

Fã de Dexter e de sushi, o teenager recuperou de uma pré-época atribulada e de um vírus nos antípodas para engrenar rumo a outros voos, provavelmente. “Estou a voltar ao meu melhor nível e os resultados assim o mostram. As primeiras seis meias-finais [Challenger] que joguei, perdi-as todas. À sétima, no Japão, felizmente ganhei e isso deu-me muita confiança e experiência para gerir meias-finais. Sabe bem atingir duas finais consecutivas no Challenger 100″, admitiu depois de alcançar a segunda decisão da carreira na categoria e a segunda nos últimos quatro torneio que jogou.

O receita do sucesso de parte a parte está bem deliniado. E não podia ser mais distinto. Alexander Blockx vai impor o seu ténis agressivo e a direita como ganha-pão. Do outro lado, Draxl sabe do perigo e das armas do belga que podem atirar adversários “para fora do court”. “Vou tentar devolver a bola sempre mais uma vez”, esclareceu o qualifier neste derradeiro torneio.

Em teoria, pelo que se tem visto esta semana, os dados podiam apontar para um campeão vindo de Antuérpia. Mas Blockx afasta favoritismo. “Temos ranking semelhante. É certo que ele vem do qualifying, mas eu fui o último a entrar no quadro. Não me vejo como favorito, mas vou certamente jogar como favorito”.

O último primeiro serviço da trilogia Indoor Oeiras Open arranca este domingo às 11 horas.

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