Novak Djokovic desistiu em plena meia-final do Australian Open e colocou em cima da mesa a possibilidade de não voltar a atuar em Melbourne, palco de 10 dos 24 títulos do Grand Slam ganhos pelo sérvio.
“Há uma hipótese”, respondeu o recordista ao ser questionado sobre se esta teria sido a última participação no torneio. “Vou ter de ver como corre a época, mas quero continuar. Gosto de vir à Austrália e foi aqui que tive mais sucesso ao longo da minha carreira, por isso se estiver saudável e motivado não vejo uma razão para não vir. Mas há sempre a hipótese de ter sido a última vez, sim.”
Na conferência de imprensa após desistir do embate frente a Alexander Zverev, Djokovic explicou que “não bati uma vez na bola desde o encontro com o Carlos Alcaraz e até uma hora antes do encontro desta noite” por causa da rotura muscular na coxa esquerda.
“Fiz tudo o que podia para gerir a lesão, tomei medicamentos e enfaixei a coxa, mas no final do primeiro set comecei a sentir mais e mais dores e tornou-se demasiado para aguentar. Foi um final infeliz, mas tentei de tudo”, acrescentou antes de dar a entender que teria continuado se o resultado do tie-break fosse outro: “Se tivesse ganho o primeiro set talvez jogasse mais alguns jogos, talvez um set. Não sei, estava a piorar. Mesmo que tivesse ganho o primeiro set teria sido uma grande batalha manter-me bem fisicamente para aguentar as trocas de bolas por mais duas, três ou mesmo quatro horas.”