Contemporâneo de Fonseca, Tien e Mensik, Blockx está no Jamor e afirma: “Não estou assim tão longe deles”

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRASAlexander Blockx faz parte da nova geração de ouro que deu muito que falar nesta edição do Australian Open e mesmo tendo ficado longe de replicar os brilharetes de João Fonseca, Learner Tien e Jakub Mensik em Melbourne não hesitou em afirmar que está próximo do nível do brasileiro, do norte-americano e do checo. E a verdade é que o Jamor, onde esta sexta-feira assegurou a primeira presença da época em meias-finais, faz surgir uma forte sensação de déjà vu.

“Na verdade venci-os a todos na última vez em que jogámos”, relembrou, entre um grande sorriso, ao ser questionado sobre a geração a que pertence durante a conferência de imprensa após a vitória sobre o ex-número 16 mundial Nikoloz Basilashvili.

“Já foi há algum tempo, mas não acho que esteja assim tão longe deles. Eles encontraram o momentum e já jogaram muito a este nível, por isso têm essa experiência e estão a ir com a maré, encontro a encontro. Obviamente estão todos muito confiantes agora, mas há dois, três anos já se sabia que tinham todos muito potencial. É bom vê-los a conseguir bons resultados porque isso mostra-me que é possível e que não estou assim tão longe deles. Dá-me motivação extra para conseguir bons resultados”, acrescentou Blockx, de 19 anos e ex-número um mundial de sub 18, que graças à campanha em Portugal já assegurou a estreia no top 200 dos profissionais.

Pés à terra, o talentoso tenista belga elogiou os contemporâneos, “três bons rapazes”, e recusou merecer mais atenção: “Não gosto de atenção, só quero jogar os torneios. Mas para mim é simples: se jogas bem e vences grandes encontros, as pessoas vão falar sobre ti. Se não ganhas, não vão, por isso só depende de ti.”

Pela primeira vez em Portugal, o miúdo de Antuérpia tenta replicar no Jamor o sucesso do mais velho compatriota Joris de Loore, campeão e finalista dos dois primeiros Indoor Oeiras Open de sempre, em 2022, série que terminou com a vitória de Arthur Fils.

E é precisamente a esse triunfo do francês, também ele ex-estrela dos juniores e à data uma grande esperança, que esta semana se assemelha cada vez mais, estando Alexander Blockx a “apenas” dois triunfos de se tornar na mais recente promessa a conseguir um marco importante em terras de Camões.

Se tudo correr bem, sairá do país sem o conseguir explorar, mas as boas impressões já não escapam: “As pessoas são simpáticas, o clube é muito bonito e tem boas infraestruturas, se puder vou tentar voltar [em abril] para os torneios em terra batida. Portugal, no geral, é muito agradável. O hotel é muito bom e a comida é excelente.”

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