OEIRAS – Uma semana depois da experiência mais memorável da carreira, Jaime Faria (125.º ATP) regressou a Portugal e ao circuito Challenger e cedeu na primeira ronda do Indoor Oeiras Open 3.
De Novak Djokovic na Rod Laver Arena para defrontar o suíço Marc-Andrea Huesler (163.º) na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor, perante o olhar de vários presentes para ver a nova coqueluche do ténis nacional, o número dois português não resistiu a saiu derrotado com os parciais de 6-3 e 6-2 em exatamente 60 minutos de embate.
Após tanta atenção mediática e após voltar do outro lado do mundo, com todas as mudanças que isso acarreta, e mesmo sendo sétimo cabeça de série do derradeiro torneio indoor do Jamor, Jaime Faria encarou um dos oponentes mais difíceis da primeira ronda, ex-47.º do ranking e vencedor do ATP de Sofia em 2022, competição jogada igualmente em hard courts em recinto coberto.
Muito desafinado no serviço, provavelmente a arma principal do arsenal do luso de 21 anos, Faria apenas colocou 49% de primeiros serviço, amealhou 37% de segundas bolas e disparou seis duplas faltas para três ases. Pelo contrário, do outro lado da rede o helvético de 28 anos não perdeu o serviço (salvou dois break points no jogo inaugural do segundo set) – só cedeu mesmo 11 pontos quando realizou a pancada de serviço, atirando sete ases em todo o duelo – e nunca deu o ritmo desejado ao jogador da casa nesta transição do ténis quente ao ar livre (mesmo que frente a Djokovic tenha sido um embate em recinto coberto) para o indoor mais lento.
Jaime Faria nunca foi particularmente feliz frente a jogadores esquerdinos – tem agora seis triunfos profissionais em 20 encontros – e todas as condicionantes mencionadas tornaram a missão ainda mais complicada. O jovem português nunca pareceu mentalmente fresco e preparado para o desafio e do outro lado Huesler nunca facilitou a asumiu as rédeas do frente a frente.
Na segunda ronda, Marc-Andrea Huesler tem um compromisso promissor pela frente, sobretudo tendo em conta tratar-se de uma segunda eliminatória Challenger: o georgiano Nikoloz Basilashvili, ex-21.º ATP e campeão de cinco títulos no circuito principal, dois de nível 500, em nove finais.
