Kovacevic, o favorito sem ser favorito que espera levar título no Jamor no regresso a voos conhecidos

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – Aleksandar Kovacevic chegou ao Jamor como grande favorito a arrecadar o segundo Indoor Oeiras Open e não defraudou as expetativas, ainda que o próprio tenha aterrado em Lisboa sem esse peso nas costas pelos últimos meses conturbados. O certo é que quando voltar aos Estados Unidos da América levará a bagagem bem mais recheada após ter amealhado o quinto título no ATP Challenger, nesta que foi a estreia em Portugal.

Mais que a mão cheia de troféus na categoria, o nova iorquino com residência na Flórida sabe perfeitamente da importância dos 100 pontos arrecadados em Oeiras. “Hoje em dia é muito valioso ganhar o torneio. Com o meu ranking não ganharia muito em fazer só final ou meias-finais, por muito bom que isso seja. É importante ganhar as finais e por isso estou contente. Foi uma grande semana e espero usá-la para o resto da temporada”, sublinhou na derradeira conferência de imprensa da semana, sempre bastante prestável e comunicativo.

Ainda assim, o mais importante para o antigo 72.º ATP (jogou este torneio no posto 109 e deverá aproximar-se ainda mais dos 100 melhores na próxima atualização do ranking) passa por “subir o nível, os resultados são uma consequência. Desviei-me um pouco disso nos últimos tempos, por isso estou sobretudo muito feliz pela forma como estou a jogar “. E só com melhor nível poderá regressar ao circuito principal, o grande foco, depois de uma temporada de 2024 aquém do esperado entre os melhores.

“O último ano foi duro, não tive muito ritmo ao jogar no ATP Tour porque era mais difícil ganhar encontros. Sem encontros nas pernas é difícil subir o nível”. Por isso, quando desce um degrau, como esta semana, o “importante é ter um plano e executá-lo. Fiz cinco bons encontros e trabalhei algumas coisas no meu jogo para levar para o ATP Tour”.

E se é certo que o estatuto de primeiro cabeça de série dava-lhe favoritismo teórico, jogadores da craveira de Mackenzie McDonald, entre outros, não garantiam o regresso aos sucessos pela primeira vez desde novembro de 2023. “Não me sentia favorito porque não tive meses muito bons anteriormente e o ranking não conta muito”. Ajudou encontrar o caminho após um “primeiro encontro onde joguei muito bem”, algo não muito recorrente no tenista de 26 anos.

Não só o primeiro. Os três primeiros duelos no Jamor foram imaculados para Kovacevic, nos quais nem sequer perdeu o serviço. Nos dois últimos a oposição subiu, como é natural, mas sobressaiu o jogo completo do tenista com origem nos Balcãs, de mãe bósnia, pai sérvio, ambos antigo jogadores de ténis de mesa: o serviço para alguém bem mais baixo do que a média atual na elite, a direita e a bonita esquerda a uma mão.

Segue-se nova incursão pelo circuito secundário, em França, e o ATP de Montpellier antes de regressar à América do Norte para uma extensa série de provas, muitas do circuito maior.

A vontade, no entanto, era a de permanecer para já num local inédito até há uma semana, mas de belo prazer. “Preferia ficar aqui [para o Indoor Oeiras Open 3]. Obviamente porque estou a jogar bem, mas também porque a cidade é linda e aproveitei o meu tempo por cá. Espero regressar no futuro, de preferência para jogar torneios indoor.

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