Nuno Borges foi travado por Carlos Alcaraz na terceira ronda e apesar de ainda ter ganho um set ao espanhol lamentou não ter equilibrado mais o embate ibérico desta madrugada, mas fez um balanço “muito positivo” da prestação no primeiro torneio do Grand Slam e do arranque de época do outro lado do mundo.
“Não foi o meu melhor jogo, mas também não foi um jogo mau de todo. Se calhar, faz parte daquilo que o Carlos Alcaraz me fez sentir em campo. Ele entrou muito bem, jogou com muita intensidade e a mim custou mais puxar o meu nível logo desde início. Sinto que cresci com o encontro, mas, mesmo assim, foi difícil ganhar aqueles jogos de serviço contra o vento, do lado direito da cadeira, onde estávamos os dois com mais dificuldades”, explicou o tenista maiato à agência Lusa após o duelo na Rod Laver Arena.
“Ele conseguiu ser melhor, no geral, e ele é melhor, portanto mérito dele. Algum nervosismo, mas nada fora do normal. Ele jogou melhor e no fundo do campo, assim que tinha uma oportunidade, era muito bom a capitalizar, apesar de cometer alguns erros, era sempre muito perigoso na linha de fundo”, acrescentou Borges, que reconheceu que “foi bom ter conseguido ganhar um set“ ao mesmo tempo que lamentou não ter tornado tudo ainda mais equilibrado: “Senti que houve ali um momento em que estava dentro do jogo e em que tive algumas hipóteses. Mesmo assim, acho que perdi mal o segundo set e fiquei com a sensação que podia ter dado para mais ou, pelo menos, apertar um bocadinho mais o resultado. Se calhar teria sido diferente.”
Concluído o percurso nos singulares, o melhor tenista português da atualidade mantém-se em prova na variante de pares ao lado de Francisco Cabral, mas já pôde fazer um balanço à primeira fase da temporada. “Chegar à terceira ronda de um Grand Slam é muito positivo. Não só esta semana, como as meias-finais em Auckland, foram semanas muito positivas. Estou contente pela maneira como joguei, como competi, acima de tudo, e agora é dar tudo nos pares e ver até onde conseguimos ir. Ganhei alguma confiança destes encontros contra os melhores, principalmente à melhor de cinco sets. [Foram] muitas horas passadas em campo, portanto sinto-me com algum ritmo e com alguma confiança. Posso dizer que estou num bom momento, mas preciso de continuar a melhorar.”
