Um, dois, três, quatro, cinco: Frederico Silva anulou uma mão cheia de match points e deu a volta ao colega de treinos Henrique Rocha para vencer um braço de ferro português de 3h35 que ganhou contornos memoráveis e inscreveu o nome nos quartos de final do Indoor Oeiras Open — os primeiros desde maio de 2023 em torneios Challenger.
6-7(3), 7-6(3) e 7-6(5) foram os parciais do triunfo do mais velho dos jogadores da casa no court principal da nave de campos cobertos que habitualmente serve de base de treinos à equipa do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis que ambos integram.
Silva até foi o primeiro a consumar um break e serviu para o primeiro set, mas foi Rocha a estar cara a cara com uma vitória em duas partidas: teve dois match points na resposta (ao 5-3) e outros três no jogo de serviço seguinte.
Com um ligeiro ascendente do seu lado, o portuense de 20 anos — que há uma semana caiu na ronda de acesso ao quadro principal do Australian Open — deixou escapar as preciosas oportunidades e foi quebrado a abrir o parcial decisivo, mas ainda retaliou com duas quebras de serviço a deixarem-no novamente em posição privilegiada. Num ambiente tenso, quase de cortar à faca, houve tempo para nova viragem no marcador e foi necessário um terceiro tie-break para se encontrar o vencedor do encontro mais equilibrado da quinzena.
Os quartos de final no Indoor Oeiras Open 2 são os primeiros de Frederico Silva desde maio de 2023, quando terminou o Challenger de Troisdorf, na Alemanha, como vice-campeão.
Segue-se um adversário de alto gabarito, Mackenzie McDonald (atual 130.º e ex-37.º), que venceu um braço de ferro norte-americano entre dois jogadores que já estiveram no top 40: 7-6(5), 4-6 e 6-2 face ao qualifier J. J. Wolf.