OEIRAS – Quatro portugueses estão na segunda ronda do Indoor Oeiras Open 2 e dois deles vão defrontar-se na segunda ronda, num encontro inédito entre Henrique Rocha e Frederico Silva, atualmente os números três e quatro nacionais, respetivamente.
Para Frederico Silva, não é apenas o próprio frente a frente que é singular. “Jogar contra um parceiro de treino para mim é quase uma coisa inédita, porque eu nas Caldas tinha poucos parceiros de treino deste género, ou seja, jogava muitas vezes contra portugueses, obviamente, mas agora vou jogar contra alguém do meu clube, um que eu treino regularmente”, contou na conferência de imprensa depois da vitória sobre o cazaque Denis Yevseyev.
Os dois protagonistas do frente a frente integram o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, pelo que até os treinadores, em constante partilha técnica com os restantes jogadores da turma, se vão manter neutros durante o embate.
“Tenho certeza que tanto eu como o Henrique preferíamos jogar um contra o outro numa fase mais adiantada do torneio, mas é melhor na segunda ronda do que na primeira”, sublinhou o mais velho dos dois, de 29 anos.
“Damo-nos muito bem, gosto muito do Henrique e tenho perfeita noção que ele também gosta de mim. Somos bons amigos, mas sei perfeitamente que a partir das 14h30, 15 horas, quando entrarmos em campo, vai cada um o seu lado fazer o melhor possível e cada um vai dar o máximo para sacar a vitória”.
Para o caldense, que não alcança os quartos de final de uma prova Challenger desde maio de 2023, o favoritsmo do compatriota mais novo (20) é óbvio. “Pela diferença de ranking, pelo que tem jogado, pelos resultados ultimamente. Mas é uma questão de tentar aproveitar as minhas oportunidades e ver o que o jogo dá”.
“Poderá haver um nervosismo diferente por ser uma pessoa tão familiar do outro lado, mas nestas coisas temos de ser o mais profissionais possível, apontou, referindo não haver segredos entre ambos.
Sobre o jogo do próximo adversário, Frederico Silva recalcou um pouco o que esperar do compromisso. “O Henrique é um jogador obviamente que joga com muita força, tem muita potência, é um jogador muito explosivo no serviço e tanto a direita como a esquerda são pancadas muito pesadas. Tem facilidade em fazer o winner de qualquer parte do campo com qualquer pancada, ou seja, é um jogador que é bastante perigoso, mexe-se bastante bem, mas por outro lado também tenho uma parte do jogo um bocadinho mais consistente, que me pode ajudar a conseguir manter um bom nível de consistência ao longo do jogo, e obviamente não posso deixar o Henrique confortável a comandar os pontos, porque aí seria bastante difícil para mim. Vou procurar servir bem, responder bem, pegar no ponto o máximo possível, tudo o que procurei hoje”.
O frente a frente de acesso aos quartos de final do Indoor Oeiras Open 2 será o segundo duelo das 13 horas.