Com uma “inveja saudável”, Henrique Rocha regressou a casa inspirado e a aplaudir o melhor amigo

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS — Regressado da Austrália, onde ficou à porta do primeiro quadro principal em torneios do Grand Slam, Henrique Rocha superou a estreia de 2025 em solo português e abriu o livro sobre as experiências vividas quer em Melbourne, quer em Jidá antes de antever o embate especial com o colega de treinos Frederico Silva num Indoor Oeiras Open que está a sorrir à comitiva nacional.

“Por acaso acordei por volta das 5h45 porque apesar de já ser a minha quarta noite [de volta a casa] ainda acordo uma ou outra vez a meio da noite. Ainda liguei um bocadinho [a televisão] para ver o Jaime porque estava a jogar contra o Djokovic, não ia ignorar. Ainda vi uma meia-hora até ao final e depois voltei a dormir. Claro que também gostava de ter passado ao quadro, mas a minha prestação lá também foi boa. Fiz três jogos com bom nível, consegui o meu melhor resultado em Grand Slams. Claro que eles brilharam de outra forma e bem mais do que eu, mas à minha maneira fiz o meu trabalho, melhorei e acima de tudo é com isso que tenho de me preocupar”, respondeu, de sorriso rasgado, após a reviravolta sobre Robin Bertrand.

“Gostava de jogar na Rod Laver Arena contra o Djokovic, mas sou a primeira pessoa a estar lá na bancada a puxar por ele e aliás no último jogo do qualifying estava lá a puxar por ele porque senti que não estava fácil. Sou o primeiro a mandar um ‘vamos, ‘bora Jaime’. É claro que gostava de ter sido eu a passar e a jogar com o Djokovic na Rod Laver Arena, mas sem dúvida que sou o primeiro a apoiá-lo e telefonei-lhe todos os dias. É bom ter esta competição saudável e querer sempre fazer mais do que ele e até do que o Nuno, apesar de ele já ter chegado a outro patamar. Mas tenho de focar-me em mim, pensar no dia de hoje e nos próximos”, rematou o portuense, número três nacional e 174.º ATP.

Já sobre o Indoor Oeiras Open que assinala não só a estreia em Portugal este ano, como no continente europeu, Rocha admitiu que “no primeiro set faltou-me um ou outro pormenorzinho, principalmente no serviço porque estava a falhar muitos primeiros. Ele estava com uma grande vantagem quer quando servia, quer quando respondia porque estava a começar sempre o ponto por cima e é um jogador muito agressivo.”

“Tem o passaporte francês e de facto estava a ser mais agressivo do que eu, mas depois eu consegui mudar a maré e a partir do 2-1 do segundo set fiz vários jogos seguidos. Quando me habituei ao timing dele e consegui melhorar o serviço passei a sentir-me melhor e tornei-me bastante superior”, acrescentou.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share