Elias adora grandes duelos. “Se eles estão lá, porque carga de água não posso estar também?”

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – A primeira vitória de 2025 para Gastão Elias veio em grande. Mesmo atualmente no lugar 167 da hierarquia ATP, Daniel Evans foi 21.º 2023 e top 60 no verão passado, além de exibir no currículo dois títulos no circuito principal, um a nível 500, em quatro finais disputadas, pelo que o triunfo inaugural da temporada em pleno Indoor Oeiras Open 2 foi realçado a condizer pelo número cinco nacional.

“Ganhar a um jogador destes é sempre um dia muito positivo. É uma das maiores vitórias da minha carreira, ainda por cima nestas condições onde ele é ultra especialista”. A declaração pode surpreender vinha de alguém com um sucesso face a um jogador do top 10 e 44 contra a elite dos 100 melhores. Mas também valoriza o contemporâneo britânico (ambos com 34 anos) e o seu ténis adaptado aos pisos rápidos.

O “adversário peculiar” obrigou a “consistência, concentração e intensidade” redobrados, à espera da mínima oportunidade para ser agressivo do lado direito, fruto da adaptação (material com mais saída de bola) aos tempos modernos. “Houve momentos com nível muito alto”, destacou o antigo 57.º ATP, atual 372.

“Consegui lidar bem com as adversidades, dei a volta ao primeiro e ao terceiro sets e em alguns momentos joguei algum do meu melhor ténis. Fui agressivo e servi melhor hoje comparativamente com a semana passada”, destacou Elias na conferência de imprensa de rescaldo.

O certo é que o tremendo sucesso desta terça-feira não é caso único. É verdade que os resultados dos últimos tempos não têm correspondido às expetativas do próprio, mas também não é mentira que o lourinhanense tem conseguido escalpes de relevo aqui e ali. Daniel Evans agora, Pedro Cachin, Quentin Halys, Pedro Martinez ou Jaume Munar como outros exemplos, tudo integrantes do top 100 ou perto disso.

“Há outros menos conhecidos que jogam nas horas na mesma. Ainda agora o Medvedev jogou com o 400 e muitos e esteve quase a cair para o outro lado. Esses são apenas os nomes mais conhecidos”, destacou, mas admitiu: “Eu gosto de jogar em palcos grande contra grandes jogadores. Isso demonstra que se eles estão lá, porque carga de água não posso estar também? Como digo sempre, enquanto achar que posso estar lá vou continuar nesta vida. A partir do momento em que achar que não dá, não valerá a pena”.

Segue-se na segunda ronda do Indoor Oeiras Open 2 um opositor menos conhecido, mas não menos perigoso, o canadiano Alexis Galarneau. Um duelo com dia marcado para a próxima quinta-feira, dia seguinte à primeira ronda de pares ao lado de Tiago Pereira.

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