Carlos Alcaraz em 2021, Hamad Medjedovic em 2025. Depois do espanhol, o sérvio também assegurou a estreia no top 100 do ranking ATP com um título no Jamor, neste caso o primeiro de três Indoor Oeiras Open consecutivos na nave de campos cobertos.
Com uma exibição de gala, o primeiro cabeça de série (esta semana no 112.º posto da hierarquia mundial) só precisou de 69 minutos para vencer o canadiano Liam Draxl (246.º) por 6-1 e 6-3.
A final deste domingo teve apenas um sentido e até podia ter sido decidida mais cedo, pois Medjedovic serviu para a vitória a 6-1, 5-2. Esse foi o único momento em que o protegido de Novak Djokovic (o mais velho dos tenistas de Belgrado é uma espécie de mentor e o apoio transcende a questão financeira) sentiu o peso da ocasião, dado que além da conquista do quinto título Challenger — em apenas seis finais — tinha em cima da mesa a sempre marcante chegada ao top 100 pela primeira vez.
Ao contrário do que aconteceu na véspera, em que precisou de três horas para vencer o melhor embate da semana, e sobretudo na primeira ronda, quando viu o adversário servir para a vitória em duas partidas, Medjedovic fez o que quis de um oponente que acusou a energia gasta nos dias anteriores. Além do poder de fogo acima da média com as duas pancadas do fundo do campo, o sérvio usou e abusou do amortie para levar Draxl ao desespero e até ases no segundo serviço fez (não um, mas dois) para rubricar uma exibição próxima da perfeição.
A decisão de falhar o Australian Open deu frutos e Hamad Medjedovic terminou o Indoor Oeiras Open 1 com a sensação de missão cumprida: quando o ranking for atualizado na segunda-feira, o jovem de 21 anos estará, pela primeira vez, entre os 100 melhores jogadores do mundo.
Nesse mesmo dia começa a jogar-se o quadro principal do Indoor Oeiras Open 2 no qual, naturalmente, voltará a ser um dos maiores candidatos ao título.