OEIRAS – Hamad Medjedovic (112.º do ranking ATP) e Liam Draxl (246.º) são os finalistas do Indoor Oeiras Open, o primeiro torneio Challenger da temporada 2025 em Portugal.
Medjedovic prevaleceu num duelo estonteante contra o espanhol Daniel Rincon (276.º), num embate entre tenistas da mesma geração (2003) e conhecidos desde os tempos juvenis. As 2h54 de compromisso foram resolvidas com os parciais de 6-7(2), 6-4 e 7-5, fazendo as delícias dos presentes na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor.
O sérvio, protegido de Novak Djokovic, primeiro cabeça de série no Jamor e fora do Australian Open por opção, garantiu o acesso à sexta final no ATP Challenger Tour (saldo de 4-1) e ficou a um triunfo da inédita estreia no top 100.
O finalista do ATP de Belgrado (cidade natal) no derradeiro torneio de 2024 e campeão do Next Gen Finals do ano anterior não perdeu o serviço em todo o encontro, salvando os três break points criados pelo madrileno.
Mesmo sem servir como outrora, Medjedovic disparou 14 ases e ganhou vários pontos diretamente com a pancada de saída. Ainda assim, precisou de trabalhar imenso do fundo do campo e encontrar soluções para contrariar a tenacidade e resistência do talentoso vencedor do US Open de 2021 e ex-número dois mundial de sub 18, em grande forma no início de época.
No último duelo do primeiro de três torneios no mesmo local, Hamad Medjedovic terá pela frente outro pré-designado, no caso o quinto, Liam Draxl.
O canadiano de 23 anos teve, provavelmente, o percurso mais complicado da competição e após de superar o antigo top 40 J.J. Wolf, de salvar um match point na segunda ronda contra Samuel Vincent Ruggeri e depois ultrapassar o segundo cabeça de série e 121.º ATP Alexander Ritschard, bateu o alemão Rudolf Molleker (283.º) por 7-6(6) e 6-0 para atingir a terceira final Challenger da carreira (1-1).
Depois de um primeiro parcial sem qualquer chance de break e no qual Draxl fechou no tie-break ao quarto set point, Molleker claudicou fisicamente e nunca mais conseguiu competir contra a o protendo físico do outro lado da rede.
O norte-americano já tinha levado Ruggeri ao limite (acabou crivado de cãibras) e a capacidade de devolver sempre mais uma bola está a fazer mossa em adversários potencialmente com mais armas tenísticas.
Além disso, e como há mais para além do plano físico, Draxl também não cedeu o serviço e só enfrentou perigo (duas vezes) no derradeiro jogo do encontro. Apesar de não ser dos servidores mais potentes, o ex-college em Kentucky usa bem a pancada de saída como preparação para o ponto e para o braço de ferro do fundo do court.
Hamad Medjedovic e Liam Draxl vão defrontar-se pela primeira vez e em jogo estará o primeiro título de 2025 em solo nacional. O vencedor irá suceder a Leandro Riedi e integrar uma galeria de campeões ainda composta por Maks Kasnikowski, Arthur Fils e Joris de Loore.
