Três vitórias e um bilhete dourado. Jaime Faria cumpriu a missão com que chegou ao qualifying do Australian Open e sobretudo realizou “um sonho” ao carimbar o apuramento para o quadro principal de um torneio do Grand Slam pela primeira vez na carreira.
“É mesmo um sonho. Sempre tive este objetivo. É um sonho conseguir chegar a um quadro de um torneio do Grand Slam e disputar o mesmo torneio que os melhores do mundo”, contou ao Raquetc após superar o estónio Mark Lajal na ronda de acesso.
Acerca da campanha em Melbourne, onde venceu seis dos sete parciais disputados, o número dois mundial considerou que tem “evoluído de jogo para jogo” e destacou o serviço como o aspeto que “tem melhorado mais.”
“Sinto-me cada vez mais confortável e mais confiante. Hoje o primeiro serviço esteve muito bem, mesmo com o segundo apertei o adversário e sinto-me a jogar melhor de fundo, mais confiante e cada vez mais perigoso”, acrescentou Faria.
Segue-se, já no quadro principal, o russo Pavel Kotov (99.º). “Joguei algumas vezes pares contra ele, mas não o conheço assim tão bem. Tem um bom serviço, uma boa mão, não é o jogador mais móvel, mas é perigoso com a bola na mão e vai criar-me dificuldades.”
Esta é a primeira participação de Jaime Faria no Australian Open, onde completou o Grand Slam de participações à primeira tentativa — jogou os últimos quatro — e apesar de estar em Melbourne há poucos dias a experiência vivida já lhe permitiu classificá-lo como “o melhor” por ser o que se destaca mais nas condições que oferece aos jogadores. “A cidade é muito gira e estou a gostar bastante. É verdade que está muito calor e é difícil jogar, mas o ambiente e toda a envolvência são brutais. Tem sido a melhor experiência, por isso sou suspeito, mas acho que é o melhor dos quatro.”