Medjedovic, o protegido de Djokovic, escolheu o Jamor em vez de Melbourne: “Neste momento prefiro pontos”

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRASHamad Medjedovic é um dos jogadores mais talentosos da nova geração e esse estatuto valeu-lhe há já vários anos o apadrinhamento de Novak Djokovic, que viu nele potencial de sucessor e passou a financiar a carreira do jovem compatriota. Superada a fase do deslumbre, o jovem sérvio já fala como um adulto e no Jamor explicou as razões por detrás da não ida a Melbourne e até da pré-época em que se cruzou com Andy Murray tornado treinador.

“Foi uma decisão que tomei em conjunto com a minha equipa”, respondeu prontamente ao ouvir a pergunta inevitável — afinal, seria um dos cabeças de série no qualifying do Australian Open.

“Sei que não é muito natural alguém falhar um torneio do Grand Slam para jogar Challengers, mas a viagem é longa e perdes um mês se lá fores. Não é fácil voltar por causa do jet lag, obriga-te a mudar tudo, mas a razão principal são os pontos. Sei que não são garantidos, mas tenho de lutar e esperar pelo melhor”, acrescentou Medjedovic, que no remate ao assunto nem pestanejou: “Neste momento prefiro pontos a dinheiro.”

Assim, foi para iniciar o ano no Jamor que se preparou e esses trabalhos incluíram um olhar inédito e exclusivo à recém-parceria formada pelo ídolo com o rival de infância: “O Novak convidou-me para fazer alguns dias de pré-época com ele e treinámos algumas vezes com o Murray ao lado dele. É estranho vê-lo como treinador porque é alguém que vi jogar desde que era pequeno, mas é ótimo para eles e é ótimo para o ténis ter uma história assim. Estou feliz e desejo-lhes muito sucesso.”

E por falar em treinador, Medjedovic estreia em 2025 o treinador Jorge Aguirre, ao qual junta Gonzalo Vitale em semanas específicas — o Indoor Oeiras Open sendo uma delas.

“Estive em Málaga durante 10 dias e depois treinámos em Belgrado. Ontem viram que lutei com o que tinha e o que não tinha até ao fim e toda a gente está a perguntar-me como é que consegui vencer. Bem, eu respondo que foi por causa da mentalidade espanhola. Eles lutam e correm até ao último ponto e acho que é um bom aspeto a aprender com eles.”

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