A estreia a meio gás impediu Gastão Elias de defender os pontos conquistados há um ano e resultou numa derrota naquele que foi o primeiro encontro da nova temporada, mas o mais velho dos portugueses em atividade apresentou-se com um discurso positivo — e, à sua imagem, recheado de boa-disposição — na hora de fazer o lançamento a um 2025 em que quer voltar aos grandes palcos.
“Em termos tenísticos não foi de todo um mau encontro. Obviamente que podia ter sido melhor, ao mesmo tempo é normal comparar um pouco com o que fiz no ano passado e [sinto que] podia acontecer outra vez. Estou a sentir-me bem, fiz uma boa pré-época e se calhar se arranjasse forma de contornar as dificuldades que enfrentei hoje talvez conseguisse encaixar uma série de vitórias a seguir”, refletiu após a derrota por 6-3 e 6-3 para Daniel Rincon (276.º).
De forma objetiva, o português de 34 anos reconheceu que “a chave a este nível é o serviço e hoje não estive bem nesse tema, falhei muitos. O encontro complica-se logo por conta disso. Servi mal, fiz algumas duplas faltas e ele passou muito rapidamente para a frente do resultado sem grande dificuldade porque foram jogos muito mal perdidos da minha parte. Fiz com que ficasse mais fácil para o lado dele e jogou muito relaxado.”
“Tenho pena da falta de tempo que tive para treinar esta pancada em específico. Tenho tido dores a nível lombar desde os torneios da América do Sul e só comecei a servir há seis dias, mas nem sequer foi a 100%. Só no final da última semana é que fiz um ou dois sets de treino e se calhar precisava de mais uma semana ou duas focado em ter mais horas a servir, mas infelizmente no ténis não temos essa oportunidade e estamos ali sozinhos. Se isto fosse futebol tinha sido diferente e provavelmente hoje tinha sido aquele jogo típico em que eu tinha entrado aos 60 ou 70 minutos para dar aquela ativação no final”, desenvolveu o recordista nacional de títulos (10) e finais (23) no ATP Challenger Tour.
Apesar das dificuldades no golpe de saída, Gastão Elias acrescentou sentir-me “bem treinado” e “forte de pernas e de pulmão”, razões que o fazem estar entusiasmado com as duas próximas semanas no Jamor e a abordagem a um 2025 em que “o primeiro objetivo é conseguir entrar nos torneios do Grand Slam.”
Para já, vai descer ao 370.º lugar do ranking, a sensivelmente 130 degraus da classificação necessária para chegar ao qualifying em Paris ou Londres.