OEIRAS — Um convite irrecusável levou Duarte Vale de volta à Flórida que tão bem conhece para preparar a temporada de 2025 com o amigo Ben Shelton e os frutos dessas semanas de trabalhos começaram a ser colhidos esta terça-feira, dia da primeira vitória do português de 25 anos em quadros principais de torneios do ATP Challenger Tour.
O feito inédito teve contornos dramáticos, mais concretamente uma recuperação de 2-6 e 1-3 abaixo num dia em que a ferrugem competitiva pesou, de tal forma que o balanço positivo incidiu precisamente nas soluções que encontrou: “Acima de tudo estou muito satisfeito pela maneira como superei o que aconteceu. Não foi nada fácil desde o início e estou contente por não ter entregue o jogo com os pensamentos que começam a aparecer depois de uma entrada tão má. Tentei focar-me no que podia fazer e aos poucos fui-me sentido melhor e reduzindo o número de erros que estava a fazer. Acabei por ganhar confiança e comecei a sentir que podia dar a volta ao jogo.”
Apesar da primeira vitória a este nível ser um objetivo, Duarte Vale prefere focar-se na evolução e em garantir que maximiza a intenção sempre que está no court. Por isso, evitou estabelecer objetivos para o ano na conversa com os jornalistas, mas não escondeu que as semanas passadas no estado norte-americano com o ex-colega de equipa (até era titular à frente de Shelton antes deste interromper o percurso letivo para abraçar com estrondo o profissionalismo) foram importantes para quebrar ainda mais barreiras durante 2025.
“ele é um grande amigo e puxa por mim quando estamos a treinar porque o nível é muito elevado, mas também puxa por mim porque sei que acredita em mim e depois puxa por mim pelo exemplo como competidor e a forma como encara a adversidade. Ajuda-me muito ter esse exemplo.”
