Mais crescido e de estudos concluídos, Tomás Luís ataca profissionalismo em 2025

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – Meia década depois e de canudo na mão, Tomás Luís é mais um à procura de singrar no desporto que ama a partir de agora. Em dia da estreia no ATP Challenger Tour, o algarvio de 22 anos arrancou a nova época que é a primeira enquanto profissional. Com muitos sonhos, mas sem objetivos definidos.

O primeiro duelo na categoria intermédia do ténis masculino será para recordar e a réplica foi digna de registo. Depois de perder o primeiro parcial diante de Alexey Zakharov, 325.º da hierarquia ATP, Tomás Luís arregaçou as mangas, arrecadou o segundo set e ainda liderou o decisivo com break de vantagem. Faltou maior assertividade, ainda que o mérito do mais cotado não tenha sido descartado.

“O meu último encontro tinha sido há seis meses. Estive a acabar o curso nos Estados Unidos, não consegui viajar para torneios e parecia que as dimensões do campo eram diferentes, não consigo explicar”, contou em conferência de imprensa posterior ao embate que encarou com entusiasmo e sem nervos à mistura. E após apalpar terreno, assentou arraiais para justificar o estatuto de convidado da organização do torneio.

Licenciado em gestão e administração de empresas, cursos que espera não usufruir no futuro, o atual 1342 ATP debruçou-se sobre o crescimento pessoal findo o curso norte-americano, “principalmente fora do campo”. “Foram quatro anos a morar sozinho. E estar numa equipa num desporto tão individual fez com que desse o meu máximo nos treinos e melhorei a atitude porque dava tudo pela equipa. Foi o que mais aprendi”.

Segue-se “100%” de foco no profissionalismo, mas sempre com pensamento “no dia a dia”, sem “colocar objetivos”. “Quero competir o máximo que puder e dar o máximo todos os jogos, ser melhor a cada dia que passa”, frisou. Para isso conta com a preciosa ajuda do experiente Pedro Pereira, com quem diz aprender muito. “Foi o meu primeiro treinador, conhece-me como ninguém. Quando algum detalhe está mal consegue perceber o que é. Cheguei quatro dias antes do Natal e vi que o meu nível estava pior do que hoje. Sinto-me a jogar melhor sempre que venho para cá”.

A curto prazo a ideia passa por conseguir ingressar no Indoor Oeiras Open 2 do próximo domingo.

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