MAIA — Henrique Rocha concluiu no penúltimo dia de novembro uma temporada iniciada no segundo dia de janeiro, mas a hora de abrandar já passou e o jovem português despediu-se da Maia com um plano estruturado para preparar 2025. Sem Jidá no horizonte, o foco está em Melbourne.
“Agora vou ter uma semana de descanso em que só vou fazer treino físico. Vão ser sete ou oito dias em que até vai dar para ter saudades de pegar na raqueta e depois são três semanas em que vou ter de dar mais ainda do que daria num mês”, explicou após a eliminação nos quartos de final do ‘seu’ Maia Open que acabou com a hipótese de garantir a qualificação para o Next Gen ATP Finals da Arábia Saudita, onde vão reunir-se os oito melhores sub 20 do ano (ficou em 11.º).
O final da época é, por norma, sinónimo de uns dias de repouso para os tenistas, mas no caso de Henrique Rocha o descanso fez-se, ainda que de forma reduzida, antes de dar por terminada a temporada que o viu vencer o primeiro título Challenger da carreira, entrar no top 200 e chegar aos torneios do Grand Slam: “Na semana passada estive três dias em Amesterdão e tive mais um dia parado, ou seja, foi aí que fiz o relaxamento total porque sabíamos que agora a pré-época ia ser mais curta.”
Com 73 encontros de singulares (40-33) e 25 de pares (16-9) nas pernas em 2024, o mais novo dos portugueses no top 500 mundial ficou perto da centena no melhor ano da carreira, que ainda assim não cumpriu todas as expetativas: “No início do ano tinha dois objetivos principais que eram ir ao Next Gen e terminar dentro do top 150. Infelizmente não consegui cumprir nenhum dos dois, mas mesmo assim foi um ano com muitas aprendizagens e a competir muitas semanas num nível mais alto do que aquele a que estava habituado. Apesar de ter a ambição de fazer mais, consigo retirar muitas coisas positivas.”
Nesta transição de 2024 para 2025, o grande objetivo de Henrique Rocha passa por “ganhar muita consistência porque é isso que torna os bons jogadores em muito bons jogadores e eu quero ser um deles.”
“Tenho de começar por aí porque não sou um jogador nada consistente. Às vezes perco rondas que nem eu consigo perceber como é que perdi e isso nos bons jogadores acontece uma vez a cada dois anos, aqueles dias em que a malta ficar a pensar ‘como é que isto aconteceu?’, e se calhar olham para mim e pensam isso três vezes por ano. Tenho de melhorar essa consistência e o serviço é sem dúvida uma arma que me pode dar mais e que tenho de continuar a melhorar”, refletiu.