MAIA — O ano de Pedro Araújo terminou com uma derrota que em nada manchou a excelente época do lisboeta, agora às portas do top 400 ATP depois de ter começado fora do top 900, por isso foi com naturalidade que o jovem português apontou a voos maiores num 2025 que espera ser ainda mais feliz.
“O momento em que me senti mais concretizado foi quando conquistei o meu primeiro título e, Monastir. Como vocês sabem, foi uma semana que ainda hoje não tenho palavras para descrever. Não estava nada à espera que acontecesse naquela semana [perdeu as raquetas e jogou com as de Diogo Marques, o parceiro de treinos], mas as coisas foram-se dando e também tive mérito pela forma como lidou com a situação, portanto foi o momento em que me senti mais realizado”, respondeu na conferência que se seguiu à derrota na segunda ronda do Maia Open.
Depois de hesitar ao ser questionado sobre se no final de 2023 assinaria logo para um 2024 como o que viveu, só precisou de um par de segundos para contar que “assinava já” terminar 2025 “a não precisar de jogar mais Futures [torneios ITF] e dentro do top 250.”
Com um breve período de descanso pela frente antes de começar a preparação para uma época que terá como primeiros desafios a quinzena de Indoor Oeiras Open no Jamor, Araújo despediu-se de um ano memorável ciente dos aspetos em que evoluiu, mas também dos que mais precisa de trabalhar para continuar a quebrar barreiras. O encontro desta quinta-feira ajudará à introspeção: “Estive relativamente perto, mas acabou por faltar-me um bocadinho. Tenho momentos em que até consigo jogar mais do que a maior parte dos jogadores que estão aqui, mas também tenho outros em que acabo por descer mais abaixo do meu nível ou ranking atual e isso acaba por fazer a diferença. Tenho de continuar a trabalhar para ser mais consistente e não ter tantos altos e baixos.”