MAIA – O que parecia vir a ser a melhor vitória desde novembro de 2021 transformou-se numa tremenda desilusão para Frederico Silva. O caldense de 29 anos ainda serviu para o triunfo a 5-3 e dispôs de uma vantagem de 4-1 no tie-break decisivo, mas viu Damir Dzumhur (106.º) prevalecer com os parciais de 2-6, 6-2 e 7-6(5) em 2h28.
Em recente boa forma – 17 sucessos nos últimos 19 anos encontros, fruto de título na Beloura e outro troféu e uma final na última quinzena em Vale do Lobo -, Frederico Silva apareceu na ronda inaugural do derradeiro torneio de 2024 com legítimas aspirações de contrariar o terceiro cabeça de série, até porque tinha um frente a frente (2-0) imbatível com o tenista da Bósnia e Herzegovina.
Não só o primeiro parcial confirmou o ascendente, como sobretudo o terceiro set chegou a marcar 5-2 para o atual número cinco nacional. Mas um jogo repleto de erros não forçados a servir para o encontro e uma reta final mal conseguida – também com algum azar à mistura em dois pontos de Dzumhur que resvalaram na linha – viraram a balança para o lado do mais cotado.
Apesar da desilusão óbvia pela cedência de seis dos derradeiros sete pontos e da consequente despedida do Maia Open, Frederico Silva sai de 2024, época no qual não competiu nos primeiros três meses devido a uma operação no ombro esquerdo, com 51 vitórias e três títulos ITF em cinco finais disputadas. E mesmo tendo chegado a cair para fora dos 600 primeiros do ranking vai terminar quase à porta dos 300 melhores do mundo e com os Grand Slams à vista.
Damir Dzumhur, protagonista sempre de atitudes questionáveis no decorrer dos embates face ao temperamento extremo, é assim o último apurado para a segunda eliminatória, onde vai medir forças com o ucraniano Oleksandr Ovcharenko (332.º), proveniente da fase de qualificação (bateu Tiago Pereira na ronda de acesso ao quadro principal) e responsável pela eliminação do também qualifier Ryan Nijboer (391.º), dos Países Baixos, por 7-5 e 6-3.