MAIA – Pedro Araújo vai ter esta quinta-feira a quarta oportunidade da carreira de atingir os quartos de final de um torneio Challenger, dois anos e meio depois da última chance. O quarto sucesso num quadro principal da categoria deu-se ao somar 11 jogos consecutivos. A confiança é notória, ainda que haja cuidados a ter para não ultrapassar a dose certa.
O encontro frente ao qualifier espanhol Alex Marti Pujolras, da primeira ronda da sétima edição do Maia Open, não arrancou da melhor forma no que ao marcador diz respeito, mas a partir do 5-2 do parcial inaugural o lisboeta de 22 anos não mais perdeu qualquer jogo. “Não achei que tivesse começado mal, o nível dele é que foi bastante elevado. Não estava propriamente chateado com o jogo que estava a fazer. Mas sem dúvida que depois consegui dar um clique e subir ainda mais, de forma significativa, o meu nível. Ele a dada altura sentiu isso e acusou, se calhar, um bocadinho o momento, ali mais na reta decisiva do primeiro set e eu aguentei muitíssimo bem esse momento. Depois joguei muito bem no início do segundo e abri uma vantagem grande”, analisou em conferência de imprensa.
Num excelente momento de forma – na última quinzena em Vale do Lobo, só em singulares, atingiu uma final (terceira e mais importante da carreira) e uma semifinal -, Pedro Araújo concorda que este é, por ventura, a altura de maior confiança enquanto profissional. A direita, em particular, parece mais afinada do que nunca. “De facto tenho-me sentido bem em court. Algumas vezes não tão confiante ou não tão confortável, mas de uma maneira ou de outra tenho conseguido arranjar maneiras de ganhar muitos encontros e isso é muito importante. Não posso dizer que não me sinto confiante. Mas a confiança no ténis é uma coisa perigosa porque tanto vai como volta. Portanto, tenho que manter os pés bem assentes na terra porque às vezes um dia menos bom ou uma semana menos boa também deita um bocado tudo a perder e obviamente não quero isso. Quero continuar nesta senda positiva e vou fazer os possíveis para isso”.
A vitória “importante” num quadro principal Challenger tanto tempo depois motiva, até porque é “neste nível” quer pertencer. Agora segue-se um ex-top 100 de seu nome Andrej Martin, responsável pela eliminação de Francisco Rocha, para lograr o que ainda não foi feito, os quartos de final de um torneio da categoria intermédia do ténis profissional masculino. O conhecimento do opositor não abunda, mas há a certeza que as dificuldades o esperam.
O duelo será o segundo das 13 horas e tem transmissão na Sport TV.