MAIA — Tiago Pereira (534.º ATP) teve na raqueta a possibilidade de carimbar a 100.ª vitória da temporada, mas falhou o apuramento para o quadro principal de singulares da Maia Open e adiou a marca centenária para a variante de pares. Como alternativa terá ainda um ITF M15 em Ceuta, esse sim o palco escolhido para colocar um ponto final numa época que já vai longa.
O algarvio de 20 anos foi o único português a superar a estreia no qualifying, um percurso interrompido com a derrota por 6-1 e 7-6(3) frente ao ucraniano Oleksandr Ovcharenko (332.º) no início de tarde desta segunda-feira.
Ovcharenko entrou melhor no encontro e quebrou por quatro vezes o serviço numa primeira partida em que o jogador da casa esteve praticamente irreconhecível. Pereira precisava de uma mudança de atitude e apresentou-a rapidamente, mas foi incapaz de aproveitar as poucas oportunidades que criou no saque do ucraniano e, apesar de ter resistido com unhas e dentes à pressão exercida pela resposta do adversário, viu a hipótese de celebrar a 100.ª vitória do ano entre singulares (42) e pares (57) cair por terra no tie-break.
“À medida que o encontro se foi desenrolando consegui habituar-me à maneira como ele jogava e fui ficando melhor e melhor, mas não consegui fazer o break ao 5-5, também por mérito dele, e hoje não podia ter feito muito mais”, reconheceu o número nove nacional após o embate.
A porta que se fechou esta segunda-feira pode ser reaberta mais à frente, caso Tiago Pereira seja bem-sucedido numa primeira ronda de pares que o colocará frente a frente com o compatriota Francisco Cabral. Caso contrário, o jovem algarvio ainda terá mais uma oportunidade de alcançar a apetecível centena de vitórias neste ano civil, dado que optou por inscrever-se no ITF M15 de Ceuta, “perto de casa”, antes de encerrar uma época iniciada a 2 de janeiro.
“Vou tentar fazer mais uns pontinhos para não ter tanta pressão em cima no início da temporada. Tenho noção de que já joguei muitas semanas este ano e que foi uma excelente época, mas é só mais uma semana para tentar correr bem e se não correr, não correu”, rematou.
A derrota individual de Tiago Pereira deixou a representação portuguesa no Maia Open a cargo dos quatro jogadores que já tinham assegurado a participação no quadro principal: Henrique Rocha, o único a conseguir entrada direta, Frederico Silva, Pedro Araújo e Francisco Rocha, com wild cards. Em sete edições do torneio, esta é, a par da de 2022, aquela que conta com menor comitiva lusa no quadro principal de singulares.