Um treino transformou-se na estreia inesperada para o futuro Dr. Freitas

Eduardo Oliveira/FPT

MAIAJosé Freitas estava num dos courts de treino do Complexo Municipal de Ténis da Maia a servir de parceiro a um dos protagonistas da sétima edição do Maia Open quando foi surpreendido pelos amigos que o rodeavam com a boa-nova: um wild card surpresa promoveu-o a participante do Challenger maiato, onde sem esperar cumpriu a estreia em torneios do circuito secundário e deu mais um passo em direção ao sonho com que pretende adiar outra missão de vida — é que este jovem tenista está matriculado em medicina e mais tarde também quer ser doutor.

“Não estava nada à espera desta oportunidade, foi uma coisa vinda do nada. Ontem estava aqui a treinar, porque o objetivo desta semana era aproveitar os parceiros de treino, e quando fui ver o quadro estava lá o meu nome”, explicou, ainda incrédulo, pouco depois da derrota na primeira ronda do qualifying na manhã deste domingo. “Fui ver um jogo de futebol dos meus amigos e depois vim cá para aproveitar o treino. Até foram eles que do nada me surpreenderam com a notícia e eu achei que estavam a brincar comigo.”

O inesperado convite obrigou-o a “cancelar tudo” o que tinha marcado com esses amigos a pensar num “bem maior” e alterou significativamente as horas seguintes deste jovem de 18 anos que está a dar os primeiros passos em direção ao profissionalismo.

“Entrei em medicina na Universidade Nova, mas quando acabei o 12.º este ano decidi dedicar-me a 100% ao ténis durante o próximo [2025], por isso vamos ver como é que corre”, explicou o futuro Dr. Freitas. “Com a quantidade de anos que já tenho ligado ao desporto, medicina desportiva seria incrível, mas o curso é tão longo que ainda tenho muitos anos para decidir e para já vai ficar em segundo plano.”

Nascido em Guimarães, cidade berço tão prolífera em tenistas bem-sucedidos, o agora jogador do Mais Ténis na Póvoa de Varzim é acompanhado por João Carvalho e idolatra, sem surpresas, João Sousa, mas também Luís Faria, com quem mantém uma ligação mais próxima. Eliminado do Maia Open, continuará pelo torneio a cumprir com entusiasmo a tarefa inicial e à procura de uma janela de oportunidade para partilhar o court com alguns dos melhores portugueses de forma a “sentir o que é que tenho de trabalhar”.

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