Diogo Marques encerra o melhor ano da carreira com derrota agridoce no Maia Open

Eduardo Oliveira/FPT

MAIA — Uma lesão no tornozelo condicionou a prestação de Diogo Marques em plena primeira ronda do qualifying do Maia Open, mas não manchou o balanço positivo do setubalense àquele que não hesitou em classificar como “o melhor ano da carreira” ao mesmo tempo que apontou o foco ao trabalho a fazer na transição 2024-2025 após uns merecidos dias de repouso.

“Foi uma época exigente, uma época muito longa, em que fiz muitos jogos”, reconheceu desgastado, mas sobretudo ainda frustrado por não ter sido capaz de discutir com toda a plenitude o encontro deste domingo na prova maiata, onde perdeu por 6-3 e 6-2 com o neerlandês Ryan Nijboer (389.º).

“No 4-3, ao apoiar-me para bater uma esquerda aberta, senti um toque no tornozelo que me condicionou um bocadinho a partir daí. Ele apercebeu-se, começou a jogar com mais amorties, a deixar a bola mais curta e a variar muito mais. Apesar de tudo até me senti a jogar bastante bem, servi e respondi bem, mas infelizmente no segundo set ele pôs-me imensa pressão e eu já nem consegui discutir o resultado”, explicou o setubalense, que apesar da derrota na ronda inaugural voltará a subir no ranking esta segunda-feira, pela primeira vez até ao top 900, graças aos pontos somados nas últimas semanas em Vale do Lobo.

Apesar das dúvidas, desistir “não foi uma opção” porque “tenho poucas oportunidades de jogar este tipo de torneios e mesmo assim queria forçar um bocadinho”, a mesma razão que o leva a crer ainda conseguir ir a jogo nos pares, ao lado do colega de treinos Pedro Araújo, antes de colocar um ponto final na tal época muito longa, mas também muito positiva.

“O início do ano não me correu bem, mas comecei a época sem pontos ATP e vou acabar com 20. Comecei fora do ranking e acabo dentro do top 900, ou seja, é sem dúvida um ano positivo. Quando olhamos para trás pode sempre ser melhor, mas de um modo geral foi de longe o meu melhor ano e aquele em que fiz mais encontros, provavelmente mais até do que nos anteriores todos juntos, também por ter passado muito tempo no college, disse Marques antes de ser desafiado a destacar os momentos mais altos: “Ganhar o meu primeiro título de pares depois de perder várias finais, chegar aos quartos de final em Setúbal, que para mim é um dos torneios mais importantes do mundo, e logo a seguir alcançar a minha primeira meia-final.”

Ao Maia Open seguir-se-ão ansiados dias de repouso antes de Diogo Marques começar a pensar na preparação de 2025, que se tudo correr bem começará na nave de campos cobertos do Jamor, com a quinzena de Indoor Oeiras Open.

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