VALE DO LOBO – Pedro Araújo (468.º do ranking) foi eliminado nas meias-finais do Vale do Lobo Open III e não conseguiu repetir a final da semana anterior.
Frente ao belga Gauthier Onclin, primeiro cabeça de série do torneio fruto do posto 264 da hierarquia ATP, o número seis nacional cedeu com os parciais de 6-1 e 6-4, uma semana depois de ter disputado a terceira final do palmarés, e a mais importante, frente ao compatriota Frederico Silva.
Mais de quatro anos após o primeiro e único anterior frente a frente entre ambos, duelo que o lisboeta, então com 18 anos, perdeu em três sets na Beloura, a expetativa era de um novo embate bastante longo. E, de facto, podia ter sido, mas Araújo despediçou uma vantagem de 4-1 no segundo parcial (dois breaks de avanço), isto depois de um primeiro no qual passou ao lado da ocasião, e saiu derrotado ao cabo de 1h44.
O português mostrou-se vulnerável no segundo serviço (21% de aproveitamento, só amealhou três de 14 pontos) e nunca pareceu com as melhores sensações. Pelo contrário, o mais cotado (ex-top 200) e mais velho (23 anos) esteve sempre bastante agressivo e com a direita -pancada por vezes frágil – afinada.
“Podia e devia ter feito mais, não me senti ao meu melhor. Estava impaciente, fruto de algum cansaço mental”, frisou o jovem no rescaldo, já depois do título de pares amealhado.
Para Onclin, a final em Vale do Lobo será a 22.ª da carreira (21.ª a nível ITF) e a sexta da temporada, terceira em Portugal depois das duas consecutivas na Beloura. Para conquistar o segundo título de 2024 e 11.º do palmarés, o tenista orientado pelo ex-top 40 Steve Darcis poderá ter de superar novo jogador nacional, caso Frederico Silva, campeão neste local na passada segunda-feira e carrasco de Onclin nos quartos de final do primeiro torneio da quinzena, bem como de uma das finais da Beloura, vença o espanhol John Echeverria na segunda semifinal que já decorre.
Para Pedro Aráujo há ainda uma final de pares por disputar este sábado e o Maia Open da próxima semana para encerrar a época. Mas sairá de Vale do Lobo perto do top 400, com 45 vitórias anuais e muita rodagem comopetitiva e confiança.
“Foi a primeira vez que fiz bons resultados em semanas consecutivas. Isso é importante porque para sair daqui [dos ITF] não basta uma boa semana, tenho de fazer várias seguidas”.