Frederico Silva está a viver uma das melhores fases da carreira e este domingo vai discutir a segunda final consecutiva em Vale do Lobo, mas sobretudo a 40.ª em torneios internacionais pontuáveis para o ranking — um feito sem precedentes no ténis português.
Aos 29 anos, o tenista natural das Caldas da Rainha — desde o início do ano integrado no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis — já deixou para trás a lesão no ombro esquerdo que o forçou a ser operado no final da época transata e, totalmente recuperado, tem somado vitórias atrás de vitórias.
A deste sábado foi a 51.ª do ano no circuito internacional (às quais junta mais quatro que fizeram dele campeão nacional absoluto pela primeira vez) e permitiu-lhe embelezar o recorde de decisões que lhe pertence desde segunda-feira, quando venceu a primeira final em Vale do Lobo.
No primeiro lugar da tabela com 40 finais em torneios internacionais (entre torneios ITF, Challenger e ATP), Frederico Silva é seguido na lista pelos já retirados Rui Machado (38 decisões) e Pedro Sousa (36), curiosamente dois dos seus treinadores desde que passou a fazer parte do CAR. Gastão Elias (35) é o outro jogador ainda no ativo a integrar o top 5, que fica completo com João Sousa (33) em igualdade com Frederico Gil (33). O atual número um nacional, Nuno Borges, está perto (29) de juntar o nome à restrita lista de portugueses com pelo menos três dezenas de finais internacionais.
Entre os referidos, os únicos a participarem em finais do circuito principal foram João Sousa (4-8), Nuno Borges (1-0), Frederico Gil (0-1) e Pedro Sousa (0-1).
As 40 finais de Frederico Silva distribuem-se entre o circuito Challenger (0-4) e o circuito ITF (19-16, com uma por ser jogada este domingo).
Os registos da Federação Internacional de Ténis (ITF) e da Associação de Tenistas Profissionais (ATP) não contemplam as finais dos antigos torneios Satélite, inicialmente organizados num formato de 4 provas de apuramento + 1 Masters (o único pontuável para o ranking) e mais tarde reduzido a 3+1. João Cunha e Silva discutiu 12 decisões de nível Challenger (3-9) e Nuno Marques oito (5-3).
Finais | Nome | ATP | ATP Challenger | Torneios ITF |
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40 | Frederico Silva | 0 | 4 (0-4) | 36 (19-16) + 1 por disputar |
38 | Rui Machado | 0 | 10 (8-2) | 28 (18-10) |
36 | Pedro Sousa | 1 (0-1) | 16 (8-8) | 19 (9-10) |
35 | Gastão Elias | 0 | 23 (10-13) | 12 (6-6) |
33 | João Sousa | 12 (4-8) | 10 (5-5) | 11 (7-4) |
33 | Frederico Gil | 1 (0-1) | 7 (6-1) | 25 (14-11) |
29 | Nuno Borges | 1 (1-0) | 10 (6-4) | 18 (10-8) |
25 | Gonçalo Oliveira * | 0 | 0 | 25 (16-9) |
23 | João Domingues | 0 | 4 (3-1) | 19 (8-11) |
*Gonçalo Oliveira passou a representar a Venezuela em abril de 2024, pelo que são apenas consideradas as finais que disputou até essa data.